domingo, 9 de agosto de 2009

Um café, um antibiótico e um final feliz

Colar de molécula de cafeína desenhado por estudante de doutorado em biofísica molecular
Uma das coisas mais constantes na história da humanidade é a migração de coisas do campo das certezas para o das incertezas e, depois, a volta ao campo das certezas, embora modificadas. Por exemplo, saímos da certeza de que a Terra é o centro do universo e que tudo gira em volta dela, para a situação de total incerteza, até finalmente termos novas certezas: o sol está no centro do nosso sisteminha e a Terra está muito longe de ser o centro do universo. Até quando essas novas certezas durarão? Ninguém pode dizer...
Isso vale para muitas coisas: da criação das espécies e do ser humano por uma divindade e a revolução causada pela teoria da evolução, passando pelo ovo - alimento demonizado como péssimo para a saúde e recentemente reabilitado -, até Michael Jackson: de gênio, à época de Thriller, depois monstro pedófilo e misteriosamente esbranquiçado e, outra vez, após sua morte, figura ímpar da música pop.
Outra certeza que está a ponto de migrar para o campo das incertezas é que comer engorda. É isso mesmo, não passamos toda a vida acreditando que comer em excesso causa aumento de peso? Acreditando que batata frita, cerveja e pizza engordam? Pois é, talvez isso seja um engano... Um estudo recém publicado, revela uma forte associação entre a obesidade e a presença de uma bactéria, chamada Selenomonas noxia, na boca. A ocorrência da bactéria em pessoas obesas é tão frequente que é possível usar sua presença - ou não - na boca como meio para indicar se a pessoa é obesa, mesmo sem vê-la.


Outro recém habilitado é o café. Da certeza que faz mal, causando desde problemas estomacais até insônia, aparece a quase-certeza de sua enorme utilidade na prevenção de demência senil e Alzheimer. Estudos apontam que o consumo regular de café durante a vida diminui de forma significativa o surgimento dessas doenças. Alguns desses estudos podem ser lidos em http://www.j-alz.com/ (embora apenas por assinantes do Journal of Alzheimer's Disease).
O certo é que se pudermos nos livrar do sobrepeso, tomando um antibiótico, e do mal de Alzheimer, tomando café, ficaremos mais felizes. Se o café não adiantar e o Alzheimer chegar, uma certeza nos resta: não haverá o que lamentar, pois não vamos mais nos lembrar de nada mesmo...



Blog Nosso Planeta

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.