Um dos depoimentos mais esperados da chamada CPI da Pedofilia, da advogada Joana D’Arc, que acontecerá amanhã, às 15 horas, na Assembléia Legislativa, caminha para ser a peça mais explosiva do ano, com reflexos que terão desdobramentos inesperados, confirmando a máxima do saudoso deputado federal Ulisses Guimarães (PMDB), de que: “CPI se sabe como começa, mas não se sabe como termina”.
Na entrevista de ontem à TRIBUNA, Joana se disse magoada com o Relator da CPI, deputado Donald Fernandes (PSDB), que teceu ironias a seu respeito, lhe acusando de fazer pirotecnia e de não ter coragem de revelar nada durante seu depoimento: “não só vou revelar, mas, vou exigir que ele, como Relator, não se acovarde e chame para depor quem eu citar, não importando qual cargo de importância esteja ocupando na vida pública”, desafiou. Prometeu que assim que fizer as denúncias vai exigir, cobrar pela imprensa, na internet, os membros da comissão da CPI a convocar todos eles, porque tornará público seu depoimento, caso queiram que fique entre quatro paredes. “Não brinquem comigo, estou avisando, não tenho medo de nada”, advertiu Joana D’Arc. Abaixo, sua entrevista:
TRIBUNA – O Relator da CPI da Pedofilia, deputado Donald Fernandes (PSDB), disse que você é apenas de fazer pirotecnia, que não terá coragem de revelar nada de importante em seu depoimento, o que acha dessa colocação?
JOANA – O deputado Donald Fernandes não me conhece. Pensa que sou sua empregada para dizer o que devo ou não devo falar. Se ele como deputado estivesse cumprindo com seu mandato de fiscalizar a rede de abusos sexuais que existe no Acre, com a participação de autoridades, não precisaria agora a Joana ir depor na Assembléia Legislativa. Estou fazendo um trabalho que é deles. Amanhã, ele irá saber quem faz pirotecnia, quando eu jogar no seu colo, nomes das mais altas autoridades do Estado, envolvidas, e protegendo pedófilos. Vai ter que convocar.
TRIBUNA – Como assim?
JOANA – Para mim é importante que a sessão do meu depoimento seja pública, porque não tenho nada a esconder. Não quero que seja entre quatro paredes para depois ficarem protegendo estes nomes. A partir do momento que fizer as revelações, não pensem os deputados que vão sentar em cima e não os convocar para depor, porque vou cobrar pela imprensa, internet, vou enviar cópias para órgãos de segurança, e não quero nem saber de que lado a corda vai arrebentar. Não me provocaram, agora agüentem!.
TRIBUNA – Quais casos você deverá citar na CPI, que acha que deixarão os deputados na chamada sinuca de bico?
JOANA – O de um Juiz de Direito e de um Promotor Público, que juntos participavam com um empresário é um agiota, de uma rede de pedofilia em Sena Madureira. Não vou dar os nomes agora para não tirar a surpresa do meu depoimento amanhã na CPI. Também vou dar o nome da Desembargadora que não tocou o caso para frente sob alegação que, a mãe da menor teria que ter feito a denúncia, primeiro no Ministério Público. Está tudo nos autos. Assim como estou sendo chamada, terão que chamar essas figuras. Vou depor e cobrar que sejam ouvidos. Vou colocar nomes de Juiz, Desembargador, Promotor Público, nos colos dos deputados. Não queriam brincar comigo? Então, vamos tocar em frente. É não me conhecer para querer me provocar!.
TRIBUNA – Pelo que consta, existem casos em segredo de justiça, isso não lhe inibe?
JOANA – Nem este fato e nem de um dos denunciados ser a maior autoridade esotérica do Acre me intimidará. Não vou poupar autoridade pedófila. Ninguém vai me intimidar, com esta história de ‘segredo de justiça’.
TRIBUNA- Que outros casos serão jogados na mesa da CPI?
JOANA – Tem uma história que será reavivada, de um ex-dirigente do CIMI, que hoje ocupa um cargo federal importante no Acre, que estuprou uma índia menor de idade, lhe engravidou e não reconheceu a paternidade até hoje. Não vai ter nem a cara de pau de negar, porque exigiremos que faça DNA para provar a sua inocência. É outra revelação que vai dar o que falar.
TRIBUNA- E o caso deste ‘escritor acreano laureado’, que você já citou?.
JOANA – Tenho dois casos concretos deste escritor. Num deles, a menor não suportou o ato sexual para valer e ele acabou com a menina fazendo sexo oral. Estou com os nomes de duas mães cujas filhas foram vítimas desse moço. A CPI vai ter também que lhe chamar.
TRIBUNA – Você está com um baú de bombas…
JOANA – Não termina aí: vou citar também o caso de dois jornalistas. Tem um Oficial da PM que também será citado, que pelas suas práticas pedófilas, é conhecido nas rodas da pedofilia pela alcunha de ‘Fome de Amor’. Existem também os que pregam a palavra de Deus, como dois pastores da Assembléia de Deus, que usam a internet para marcar encontros com meninas menores de idade. Já são até conhecidos nas Lan Houses. Comigo o jogo será aberto. O nome eu vou dar, não vou é fazer o papel de investigador, porque isso caberá aos membros da CPI. Espero que não tenham medo de fazer a apuração.
TRIBUNA – E o caso do Pianko?
JOANA – Vai ser esmiuçado em conjunto pelo meu depoimento e da Letícia Ianauwá, que é uma figura das mais respeitadas do meio indígena, não é uma mera denunciante. Vamos revelar tudo o que fez nas aldeias de abusos sexuais. Jamais deveria ter sido mantido no cargo de secretário de Assuntos Indígenas.
TRIBUNA – Você não teme represálias após revelar todos estes casos?
JOANA – De jeito nenhum. Vou falar na CPI, e depois de fazer isso mandarei cópias aos órgãos de segurança, e para as mais altas instâncias do Judiciário. Vou fazer tudo calçado para me respaldar.
Na entrevista de ontem à TRIBUNA, Joana se disse magoada com o Relator da CPI, deputado Donald Fernandes (PSDB), que teceu ironias a seu respeito, lhe acusando de fazer pirotecnia e de não ter coragem de revelar nada durante seu depoimento: “não só vou revelar, mas, vou exigir que ele, como Relator, não se acovarde e chame para depor quem eu citar, não importando qual cargo de importância esteja ocupando na vida pública”, desafiou. Prometeu que assim que fizer as denúncias vai exigir, cobrar pela imprensa, na internet, os membros da comissão da CPI a convocar todos eles, porque tornará público seu depoimento, caso queiram que fique entre quatro paredes. “Não brinquem comigo, estou avisando, não tenho medo de nada”, advertiu Joana D’Arc. Abaixo, sua entrevista:
TRIBUNA – O Relator da CPI da Pedofilia, deputado Donald Fernandes (PSDB), disse que você é apenas de fazer pirotecnia, que não terá coragem de revelar nada de importante em seu depoimento, o que acha dessa colocação?
JOANA – O deputado Donald Fernandes não me conhece. Pensa que sou sua empregada para dizer o que devo ou não devo falar. Se ele como deputado estivesse cumprindo com seu mandato de fiscalizar a rede de abusos sexuais que existe no Acre, com a participação de autoridades, não precisaria agora a Joana ir depor na Assembléia Legislativa. Estou fazendo um trabalho que é deles. Amanhã, ele irá saber quem faz pirotecnia, quando eu jogar no seu colo, nomes das mais altas autoridades do Estado, envolvidas, e protegendo pedófilos. Vai ter que convocar.
TRIBUNA – Como assim?
JOANA – Para mim é importante que a sessão do meu depoimento seja pública, porque não tenho nada a esconder. Não quero que seja entre quatro paredes para depois ficarem protegendo estes nomes. A partir do momento que fizer as revelações, não pensem os deputados que vão sentar em cima e não os convocar para depor, porque vou cobrar pela imprensa, internet, vou enviar cópias para órgãos de segurança, e não quero nem saber de que lado a corda vai arrebentar. Não me provocaram, agora agüentem!.
TRIBUNA – Quais casos você deverá citar na CPI, que acha que deixarão os deputados na chamada sinuca de bico?
JOANA – O de um Juiz de Direito e de um Promotor Público, que juntos participavam com um empresário é um agiota, de uma rede de pedofilia em Sena Madureira. Não vou dar os nomes agora para não tirar a surpresa do meu depoimento amanhã na CPI. Também vou dar o nome da Desembargadora que não tocou o caso para frente sob alegação que, a mãe da menor teria que ter feito a denúncia, primeiro no Ministério Público. Está tudo nos autos. Assim como estou sendo chamada, terão que chamar essas figuras. Vou depor e cobrar que sejam ouvidos. Vou colocar nomes de Juiz, Desembargador, Promotor Público, nos colos dos deputados. Não queriam brincar comigo? Então, vamos tocar em frente. É não me conhecer para querer me provocar!.
TRIBUNA – Pelo que consta, existem casos em segredo de justiça, isso não lhe inibe?
JOANA – Nem este fato e nem de um dos denunciados ser a maior autoridade esotérica do Acre me intimidará. Não vou poupar autoridade pedófila. Ninguém vai me intimidar, com esta história de ‘segredo de justiça’.
TRIBUNA- Que outros casos serão jogados na mesa da CPI?
JOANA – Tem uma história que será reavivada, de um ex-dirigente do CIMI, que hoje ocupa um cargo federal importante no Acre, que estuprou uma índia menor de idade, lhe engravidou e não reconheceu a paternidade até hoje. Não vai ter nem a cara de pau de negar, porque exigiremos que faça DNA para provar a sua inocência. É outra revelação que vai dar o que falar.
TRIBUNA- E o caso deste ‘escritor acreano laureado’, que você já citou?.
JOANA – Tenho dois casos concretos deste escritor. Num deles, a menor não suportou o ato sexual para valer e ele acabou com a menina fazendo sexo oral. Estou com os nomes de duas mães cujas filhas foram vítimas desse moço. A CPI vai ter também que lhe chamar.
TRIBUNA – Você está com um baú de bombas…
JOANA – Não termina aí: vou citar também o caso de dois jornalistas. Tem um Oficial da PM que também será citado, que pelas suas práticas pedófilas, é conhecido nas rodas da pedofilia pela alcunha de ‘Fome de Amor’. Existem também os que pregam a palavra de Deus, como dois pastores da Assembléia de Deus, que usam a internet para marcar encontros com meninas menores de idade. Já são até conhecidos nas Lan Houses. Comigo o jogo será aberto. O nome eu vou dar, não vou é fazer o papel de investigador, porque isso caberá aos membros da CPI. Espero que não tenham medo de fazer a apuração.
TRIBUNA – E o caso do Pianko?
JOANA – Vai ser esmiuçado em conjunto pelo meu depoimento e da Letícia Ianauwá, que é uma figura das mais respeitadas do meio indígena, não é uma mera denunciante. Vamos revelar tudo o que fez nas aldeias de abusos sexuais. Jamais deveria ter sido mantido no cargo de secretário de Assuntos Indígenas.
TRIBUNA – Você não teme represálias após revelar todos estes casos?
JOANA – De jeito nenhum. Vou falar na CPI, e depois de fazer isso mandarei cópias aos órgãos de segurança, e para as mais altas instâncias do Judiciário. Vou fazer tudo calçado para me respaldar.
A Tribuna
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