Novos estudos afirmam que atividades de longa duração para idosos favorecem a perda de cálcio, mineral essencial para os ossos
Nesta semana, um evento promovido pelo Grupo Pão de Açúcar reuniu pesquisadores estrangeiros e profissionais brasileiros para discutir uma questão que interessa a todo mundo: como viver mais e melhor. O tema central das palestras e debates era o tipo de exercício físico que mais favorece um envelhecimento saudável. Ficou claro que cinquentões que desejam passar dos 60 firmes e fortes não devem se render à fama de frágil que o idoso normalmente leva. A melhor estratégia para adiar as perdas inevitáveis que a idade provoca – como redução da massa muscular e da massa óssea e perda de funções do aparelho locomotor – é pegar pesado. Nada de caminhadinhas lentas ao gosto do freguês. Idoso precisa é de exercício curto e intenso, disseram os palestrantes.
A tese tem várias explicações. A primeira delas, aceita há mais tempo, é que os exercícios vigorosos, que exigem bastante força muscular e envolvem impacto (jogos com bola levados a sério, por exemplo), são mais eficientes em provocar o depósito de cálcio nos ossos, aumentando a densidade óssea. O aumento da densidade é uma resposta defensiva do osso ao esforço "arriscado" que os exercícios que envolvem força muscular e impacto representam. Já a natação, que não tem impacto nenhum, não contribui para aumentar a densidade óssea. A caminhadinha leve também não. Portanto, os exercícios amenos não são uma opção muito desejável para quem precisa se cuidar contra a osteoporose.
Outro argumento em defesa dos exercícios pesados para os idosos é a perda de massa óssea durante o exercício aeróbio. Essa foi a maior revelação do evento, trazida pela fisiologista Wendy Kohrt, professora titular da cadeira de Geriatria da Universidade de Denver (EUA). Um estudo feito por sua equipe com homens ciclistas (atletas) sugere que exercícios de longa duração, que geram grande quantidade de suor, favorecem a perda de cálcio na transpiração. Algo como 100 mg por hora. No mesmo estudo, o uso de uma bebida enriquecida com cálcio antes e depois do treino mostrou-se eficiente na recuperação da massa óssea. Agora, a pesquisadora está repetindo o estudo com mulheres em menopausa. Os resultados preliminares sugerem que o que acontece com atletas jovens também pode ser observado em idosos.
Outro argumento em defesa dos exercícios pesados para os idosos é a perda de massa óssea durante o exercício aeróbio. Essa foi a maior revelação do evento, trazida pela fisiologista Wendy Kohrt, professora titular da cadeira de Geriatria da Universidade de Denver (EUA). Um estudo feito por sua equipe com homens ciclistas (atletas) sugere que exercícios de longa duração, que geram grande quantidade de suor, favorecem a perda de cálcio na transpiração. Algo como 100 mg por hora. No mesmo estudo, o uso de uma bebida enriquecida com cálcio antes e depois do treino mostrou-se eficiente na recuperação da massa óssea. Agora, a pesquisadora está repetindo o estudo com mulheres em menopausa. Os resultados preliminares sugerem que o que acontece com atletas jovens também pode ser observado em idosos.
Leia a entrevista exclusiva da geriatra Wendy Kohrt para ÉPOCA.
Revista Época
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