quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Campanha: Para proteger as crianças


Amanhã é o Dia Estadual pelo Fim da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. A data é considerada uma conquista na defesa dos direitos da infância e pretende articular integrantes da rede de proteção. Com isso, melhorar o atendimento e valorizar a importância da luta contínua sobre o tema. A observação é do procurador-geral de Justiça, Gercino Gerson Gomes Neto.
De acordo com a promotora Priscilla Linhares de Albino, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude do Ministério Público de Santa Catarina (MP), o serviço que presta atendimento e proteção para crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual recebe 16 casos por dia. O MP e o Fórum Catarinense Pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil vão distribuir 1,2 milhão de folders, 150 mil cartazes e 300 outdoors com orientações sobre prevenção e como denunciar.

Números de violência motivam campanha
Uma realidade cada vez mais alarmante traz à tona a campanha no Dia de Combate à Violência e à Exploração Sexual Infantojuvenil. Somente neste primeiro semestre o número de casos de violência sexual, entre crianças e adolescentes, atendidos pelo Centro de Referencia Especializado de Assistência Social (Creas), já chega ao mesmo do total de atendimentos durante todo ano passado. Foram 42 denúncias confirmadas até agosto. Entre a faixa etária estão crianças de oito a 12 anos.
Hoje, voluntários estarão nas escolas entregando informativos sobre o problema e alertando estudantes e professores sobre o mal que está bem próximo de qualquer pessoa. Segundo o Creas, serão distribuídos três mil panfletos nas escolas de Criciúma.
O histórico de atendimento realizado pelo Creas acompanha a realidade a nível nacional, onde 80% dos acusados são pessoas da família. “Em média 40% são pais, 20% padastros, 20% pessoas das famílias, como irmãos, tios avós, e somente 20% são pessoas desconhecidas. Por isso é considerado violência doméstica. Porque acontece dentro de casa”, destaca a psicóloga do Creas, Leila Recende Ferrari.
Atualmente o Creas, pelo programa de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual, acompanha 98 crianças vítimas de violência sexual. “São casos novos e que se juntam a outros que estão sendo acompanhados em anos anteriores. As crianças recebem atendimento psicológico, social, médico, judiciário e pedagógico”, explica.



Diário Catarinense e A Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.