PORTO ALEGRE - Um adolescente de 14 anos pichou a escola onde estuda, em Viamão, no Rio Grande do Sul, dias após a comunidade ter feito um mutirão e pintado o prédio. Uma professora liderou um movimento para saber quem tinha sido o autor da pichação. Identificado o garoto, ela determinou que ele apagasse as marcas e fizesse retoques na pintura de outras oito salas de aula da Escola Estadual de Ensino Médio Barão de Lucena, na Vila São Tomé.
Parte da punição aplicada ao estudante, que estuda na 6ª série, foi gravada em vídeo por colegas de outras turmas e entregue ao pai do aluno. Revoltados, os familiares se queixaram à direção da escola e encaminharam e-mail à Secretaria Estadual da Educação criticando a ação da professora.
No vídeo, a professora emprega expressões como "bobo da corte" e ameaça colocar as imagens no site YouTube. Gravadas por alunos que pretendiam registrar um jogo de futebol na escola, as cenas indignaram os pais.
- Ele foi humilhado, agora não quer mais nem ir na escola, já perdeu duas provas. Ele está com vergonha e chora muito. Sabemos que ele errou, mas não precisavam fazer isso - queixa-se a mãe, a dona de casa Andréa Nunes da Silva, de 35 anos.
A professora admite estar arrependida de ter chamado o menino de 'bobo da corte', mas justifica como um impulso, e defende a punição aplicada. Segundo ela, a escola gastou mais de R$ 1.800 em tintas e dedicou quase oito meses de preparação, incluindo uma arrecadação entre os alunos. O mutirão ocorreu no dia 7 de setembro, com apoio de 40 voluntários mórmons.
- Posso ter me excedido, mas é complicado. A gente pinta, se esforça, trabalha, e aí alguém vai lá e estraga tudo. Ele nunca teve vergonha de pichar. E pichação é crime - critica ela.
Ao fim do vídeo, a professora desabafa em frente aos estudantes:
- A gente ficou com os braços doendo, pintamos das oito da manhã às sete da noite. É inadmissível, comecem a denunciar: "professora, eu vi". Olha a diferença dessa escola! Não custa ajudar, pessoal, é a escola da gente.
Na sexta-feira, os pais se reuniram com a direção. Houve registro em ata. A diretora, Leila Rossi Borges, afirma ter dificuldade para se posicionar:
- Não sei te dizer se o que houve foi excesso, porque eu não vi o vídeo. De repente ela se excedeu, mas se ela agiu assim foi num ímpeto, disse sem pensar. Nem sei como proceder.
A Secretaria Estadual da Educação também não havia se manifestado sobre o caso até esta segunda-feira.
O Globo
Parte da punição aplicada ao estudante, que estuda na 6ª série, foi gravada em vídeo por colegas de outras turmas e entregue ao pai do aluno. Revoltados, os familiares se queixaram à direção da escola e encaminharam e-mail à Secretaria Estadual da Educação criticando a ação da professora.
No vídeo, a professora emprega expressões como "bobo da corte" e ameaça colocar as imagens no site YouTube. Gravadas por alunos que pretendiam registrar um jogo de futebol na escola, as cenas indignaram os pais.
- Ele foi humilhado, agora não quer mais nem ir na escola, já perdeu duas provas. Ele está com vergonha e chora muito. Sabemos que ele errou, mas não precisavam fazer isso - queixa-se a mãe, a dona de casa Andréa Nunes da Silva, de 35 anos.
A professora admite estar arrependida de ter chamado o menino de 'bobo da corte', mas justifica como um impulso, e defende a punição aplicada. Segundo ela, a escola gastou mais de R$ 1.800 em tintas e dedicou quase oito meses de preparação, incluindo uma arrecadação entre os alunos. O mutirão ocorreu no dia 7 de setembro, com apoio de 40 voluntários mórmons.
- Posso ter me excedido, mas é complicado. A gente pinta, se esforça, trabalha, e aí alguém vai lá e estraga tudo. Ele nunca teve vergonha de pichar. E pichação é crime - critica ela.
Ao fim do vídeo, a professora desabafa em frente aos estudantes:
- A gente ficou com os braços doendo, pintamos das oito da manhã às sete da noite. É inadmissível, comecem a denunciar: "professora, eu vi". Olha a diferença dessa escola! Não custa ajudar, pessoal, é a escola da gente.
Na sexta-feira, os pais se reuniram com a direção. Houve registro em ata. A diretora, Leila Rossi Borges, afirma ter dificuldade para se posicionar:
- Não sei te dizer se o que houve foi excesso, porque eu não vi o vídeo. De repente ela se excedeu, mas se ela agiu assim foi num ímpeto, disse sem pensar. Nem sei como proceder.
A Secretaria Estadual da Educação também não havia se manifestado sobre o caso até esta segunda-feira.
O Globo
Nada mais correto do que arrumar o que estragou.Não vejo vergonha nenhuma nisso.Vergonha deveria ter os pais de irem a mídia mostrar o que o filho fez e ainda apoiar sua atitude.Sempre culpa dos profes
ResponderExcluirerrado estao os pais,deveriam mostrar o erro ao filho e nao apoia-lo e ir contra a professora que com toda certeza agiu corretamente.
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