segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A promiscuidade sexual e a necessidade de orientação


A promiscuidade sexual e a necessidade de orientação
por Luiz Guilherme Marques*

A sexualidade foi tabu durante a Idade Média, ou seja, cerca de oito séculos, quando os sacerdotes católicos - obrigados ao celibato - inculcavam na mente das pessoas que tratava-se de pecado dos mais abomináveis.
Com isso, criou-se, ao mesmo tempo, o temor ao castigo no Inferno após a morte, sem contar a possibilidade da possessão demoníaca em vida.
Advindo o Renascimento e o Iluminismo, chegou-se à consagração do materialismo, com a recusa a todo tipo de influência religiosa e respeito à Moral, passando à idéia de que, em termos de sexualidade, deve prevalecer o “vale tudo”.
Essa a fase que estamos vivendo presentemente, quando muitos psicólogos, filósofos, pedagogos, artistas e professores declaram-se a favor da permissividade total, através dos meios de comunicação e alguns inclusive em salas de aula, desorientando adolescentes e jovens.
O “ficar” da nossa época tem justificado a iniciação precoce nos relacionamentos sexuais irresponsáveis, que culminam em muitas gravidezes precoces, propagação de doenças sexualmente transmissíveis e desajustes psicológicos.
Não se pretende o retrocesso à censura – que dificultou o desenvolvimento da Ciência e da Cultura – mas sim a seleção mais consciente de profissionais, inclusive professores.
Se o mau direcionamento da sexualidade entre adultos causa sérios prejuízos sociais –dentre os quais o volumoso número de divórcios – imaginem-se os danos que atingem crianças, adolescentes e jovens...
Muitos pais não se preocupam em eles próprios viver de forma sexualmente adequada e, indiretamente, induzem seus filhos a fazerem o mesmo.
Com isso, transferem o problema da orientação de seus filhos às escolas, que se sentem impotentes para suprir a omissão de pais e mães.
Os casos mais graves chegam ao conhecimento da Justiça, a qual, na área criminal, vai tratar da punição dos desajustados e, na área cível, dos divórcios e indenizações.
No fundo, falta compreensão a muitos de que a sexualidade é um instrumento da perpetuação da espécie, factível através do casamento.
Desacreditando-se a união monogâmica, desarticula-se o mais importante ponto de referência do ser humano, que é a família.
A adoção de padrões alternativos - representados por formas de convivência precária e pouco durável - enfraquece a idéia de respeito ao companheiro ou companheira.
Pior ainda quando se consagra legalmente a união entre pessoas do mesmo sexo, que representa um passo mais adiante num estilo extravagante de exercitar a sexualidade.
Tudo isso tem contribuído para a exacerbação da sexualidade nas crianças, adolescentes e jovens, que ficam confundidos com tantas influências negativas.
É preciso orientar-se a geração atual com as luzes da Ciência e da Religião.
Revista Jus Vigilantibus

* Luiz Guilherme Marques
Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora (MG).

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