“Na linha 2, quem gostaria de participar dessa campanha num momento tão triste para essa família que perdeu uma filha de 23 anos?,” pediu o radialista Leandro Luis no seu programa matinal.
A campanha tomou todo o “Show da Manhã” de hoje e foi feita para ajudar no funeral de Giselle Rodriguez, que tudo indica foi estrangulada pelo ex-namorado no seu apartamento em Clinton, Massachusetts.
A morte da jovem porto-riquenha que tinha várias amizades brasileiras chocou os brasucas de Massachusetts. Giselle ajudou vários evangélicos a aprender inglês.
Imediatamente após encontrar o corpo da jovem no seu apartamento de um quarto, a polícia fez uma caçada por Alex Skowran, ex-namorado da menina que tinha um longo histórico de violência doméstica. Vários meses atrás, Skowran, um universitário nativo de Maryland, invadiu o apartamento de Giselle, tacou cloro e detergente em vários dos seus pertences, e ainda roubou uma caixa onde a ex-namorada guardava diversas lembranças de uma gravidez que não vingou. Ele atirou a caixa num rio.
Ontem um vizinho de Giselle em Clinton disse ao blogueiro que com frequência ouvia barulho de brigas e quebradeira vindo do apartamento dela. Segundo amigos, Giselle já tinha pedido a polícia que emitisse dois “restraining orders,” ordem que restringe o acesso do agressor à vítima, contra Skowran.
Na noite de segunda-feira os contornos da tragédia motivada puramente por violência doméstica ganharam mais um capítulo bisonho. O corpo de Alex Skowran, 22, foi encontrado dentro de um hotel Comfort Inn, na cidade de Stephens, no estado da Virgínia.
A polícia procurava por Skowran nas imediações de Marylan, principlamente na faculdade Fitchburg State College, onde o rapaz estudava. Mas foi após receber uma ligação da mãe de Skowran sobre algo que ela teria ouvido do filho, que os policiais vascularam o estado da Virgínia.
O corpo do rapaz foi encontrado com marca de bala, calíbre 22, no banheiro do hotel.
Para a comunidade brasileira, o que fica é a lembrança de Giselle, uma menina ativa, que quando migrou de Porto Rico para os EUA chegou a trabalhar em três empregos para ajudar a família. Recentemente, Giselle trabalhava Hologic, empresa do ramo da tecnologia utilizada para tratar a saúde da mulher, em Marlboro.
Tudo indica que o crime teve motivação passional. Giselle e Skowran namoram durante cerca de 20 meses até que desmancharam a relação no começo deste ano. Segundo familiares o casal retomou o namoro logo depois, mas a relação não foi adiante.
Giselle então passou a namorar um rapaz de Dudley, mas Skowran nunca aceitou ter perdido a namorada e continuava a persegui-la. Um juiz chegou a ordenar que Skowran atendesse aulas para “gerenciar o ódio,” o rapaz teria que comparecer na corte na semana que vem em que procuradores anunciaram que ele teria que pagar a Giselle US$ 4.400 em restituições.
Todo caso de violência doméstica choca a comunidade brasileira, porque várias mulheres procuram ajuda todos os anos em ONGs especializadas. Giselle foi a 21ª vítima fatal de violência em Massachusetts esse ano.
A cunhada de Giselle, Crystal Henning, disse que “Alex fez coisas horríveis e sempre disse a ela (Giselle)que se ele não pudesse tê-la, ninguém poderia. Ele era muito manipulador.”
Eduardo de Oliveira
Brasil com Z
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