terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cremesp chama ex-pacientes que acusam médico de abuso sexual


O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) está chamando as ex-pacientes de Roger Abdelmassih que o acusam de assédio sexual para ouvi-las e dar assim continuidade ao processo que avalia a conduta ética do médico.
Elas estão sendo contatadas por carta, a qual terá de ser respondida no prazo de 30 dias. Helena Leardini (foto), uma dessas ex-pacientes, disse que recebeu do órgão orientação para apresentar até cinco testemunhas de que se tratou com o especialista em reprodução humana assistida.
Assim como outras, Helena vai ser ouvida pela segunda vez pelo Cremesp. A primeira foi por conta da sindicância aberta para apurar as denúncias.
Um dos argumentos de Abdelmassih perante a sindicância foi de que ex-pacientes que não obtiveram êxito na fertilização voltaram-se contra o médico com o propósito de repor o que gastaram com o tratamento. Para Helena, essa alegação não se sustenta porque ela, como outras pacientes que acusam o médico, conseguiram se engravidar.
Por intermédio de seus advogados, o médico questionou também as denúncias segundo as quais o abuso teria ocorrido anos atrás. Para ele, a reação de quem se sente agredida sexualmente é de reclamar de imediato, e não esperar anos para fazê-lo.
Outra paciente tem a expectativa de que o seu caso, mesmo ocorrido há muitos anos, seja levado em consideração pelo Cremesp.
Com base na sindicância, o Conselho suspendeu provisoriamente o registro de Abdelmassih e decidiu instaurar o processo.
Denunciado à Justiça pelo MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo sob a acusação de ter abusado de 56 pacientes, Abdelmassih está preso desde 17 de agosto.
Por quatro vezes, em diferentes instâncias judiciais, os advogados do médico tentaram tirá-lo da Penitenciária de Tremembé (SP). Abdelmassih se diz inocente.


Comentários:

Anônimo disse...
Na verdade o Cremesp pediu que fosse indicadas até 05 testemunhas que na época do assédio, em 2003, ficaram sabendo por mim do abuso sexual, pois na Delegacia eu provei através de microfilmagens dos cheques que dei à clinica, num total de 30 mil reais. E quanto a minha reação, ou não reação no momento do assédio é comprovadamente aceito por psicologos forenses que qdo uma mulher é atacada por uma pessoa de sua confiança, no caso o médico tinha toda minha intimidade revelada, ela dificilmente reage pois houve uma quebra de confiança...há perplexidade da vitima, diferentemente se fosse atacada na rua por um estranho eu estaria preparada para reagir, gritar e até brigar com o violentador.
21/09/09 22:53


Jose Carlos disse...
O que esta valendo e a queixa crime feita por todas as mulheres na delegacia da mulher em Sao Paulo . Mulheres de todo o Brasil e idades diferentes com a mesma historia.
A Cremesp devia ter se pronunciado com a primeira suspeita para parar a Clinica , a equipe e o medico monstro.
Como ja mencionei antes este orgao Crem deveria ser um tipo publico de orgao surpevisor pois patrocinado pelos proprios medicos para min nao tem validade alguma .
22/09/09 04:22




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