SÃO PAULO - A história da criança de um ano e dois meses arrancada do colo da mãe cigana e levada para um abrigo por ordem da justiça teve um final feliz em Jundiaí, a 59 quilômetros de São Paulo. A Justiça fez um acordo com a família e devolveu a criança. Mas toda vez que eles forem para rua, precisam deixar a menina com um responsável. A mãe concordou com a decisão. A família deve posteriormente voltar para a terra natal, Jacutinga, no sul de Minas Gerais.
- Vou deixar em casa quando sair para trabalhar - disse a mãe Dervana Dias.
A decisão foi tomada numa audiência de conciliação no Fórum de Jundiaí, que reuniu a mãe e o pai da menina, o advogado do casal, o juiz da Vara da Infância e Juventude e um representante do Ministério Público.
Separada da menina de 1 ano e 2 meses desde terça-feira, a mãe pode rever a filha na manhã desta quinta-feira. No dia anterior ela foi ao abrigo, mas foi impedida de ver a criança, sob o argumento de que o bebê estava muito agitado : a menina chorava muito no abrigo.
- Eu tenho condições de criar minha filha - afirmou o pai Jindreir Ferreira.
A criança foi separada da mãe por determinação da Justiça, que avaliou que a menina estava sendo exposta a risco e explorada, já que a mãe pedia esmolas na rua e usava a filha para sensibilizar as pessoas. A denúncia foi feita anonimamente.
A mãe negou que esmolava com a filha e disse que estava lendo a mão das pessoas.
- Eu estava lendo sorte, lendo mão. Aí o guarda me pegou, colocou dentro do carro e trouxe na viatura - afirmou
O desespero da mãe e da criança sendo separadas foi registrado em vídeo. As imagens mostram a menina sendo puxada à força por uma guarda dentro da delegacia. A criança foi colocada no banco da frente de um carro da prefeitura, o que é proibido pelo Código Nacional de Trânsito, e levada até um abrigo.
Em entrevista ao portal G1, da Rede Globo, a inspetora Isis Regina justificou a ação.
- A gente tentou de tudo e teve uma hora que teve de ser cumprido (o mandado judicial). Fiquei transtornada, porque não é agradável ver uma situação dessa - diz.
A psicóloga Carin Piacentini, que trabalha no abrigo onde está a menina, disse que a separação de mãe e filha foi muito violenta, e haveria outras opções menos traumáticas.
- Eles poderiam ter levado até o abrigo, mostrar onde a criança iria dormir, o que iria comer. A criança não precisava ser tirada de forma violenta - afirmou a psicóloga.
A pedagoga Sônia Chebel, mestre em pedagogia, acredita que o ideal seria encontrar maneiras de unir mãe e filha.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, Solange Giotto, disse que a cena que mostra a separação de mãe e filha é forte, mas não havia outro jeito de pegar a criança.
- Dentro das condições reunidas no momento não tinha outra forma senão aquela, tentar conter a emoção da mãe e tentar da mesma forma cumprir a determinação judicial - disse Solange Giotto.
O comando da Guarda Municipal justificou a ação dizendo que naquele momento foi necessário agir com rigor para cumprir a lei e preservar os direitos do bebê
- Vou deixar em casa quando sair para trabalhar - disse a mãe Dervana Dias.
A decisão foi tomada numa audiência de conciliação no Fórum de Jundiaí, que reuniu a mãe e o pai da menina, o advogado do casal, o juiz da Vara da Infância e Juventude e um representante do Ministério Público.
Separada da menina de 1 ano e 2 meses desde terça-feira, a mãe pode rever a filha na manhã desta quinta-feira. No dia anterior ela foi ao abrigo, mas foi impedida de ver a criança, sob o argumento de que o bebê estava muito agitado : a menina chorava muito no abrigo.
- Eu tenho condições de criar minha filha - afirmou o pai Jindreir Ferreira.
A criança foi separada da mãe por determinação da Justiça, que avaliou que a menina estava sendo exposta a risco e explorada, já que a mãe pedia esmolas na rua e usava a filha para sensibilizar as pessoas. A denúncia foi feita anonimamente.
A mãe negou que esmolava com a filha e disse que estava lendo a mão das pessoas.
- Eu estava lendo sorte, lendo mão. Aí o guarda me pegou, colocou dentro do carro e trouxe na viatura - afirmou
O desespero da mãe e da criança sendo separadas foi registrado em vídeo. As imagens mostram a menina sendo puxada à força por uma guarda dentro da delegacia. A criança foi colocada no banco da frente de um carro da prefeitura, o que é proibido pelo Código Nacional de Trânsito, e levada até um abrigo.
Em entrevista ao portal G1, da Rede Globo, a inspetora Isis Regina justificou a ação.
- A gente tentou de tudo e teve uma hora que teve de ser cumprido (o mandado judicial). Fiquei transtornada, porque não é agradável ver uma situação dessa - diz.
A psicóloga Carin Piacentini, que trabalha no abrigo onde está a menina, disse que a separação de mãe e filha foi muito violenta, e haveria outras opções menos traumáticas.
- Eles poderiam ter levado até o abrigo, mostrar onde a criança iria dormir, o que iria comer. A criança não precisava ser tirada de forma violenta - afirmou a psicóloga.
A pedagoga Sônia Chebel, mestre em pedagogia, acredita que o ideal seria encontrar maneiras de unir mãe e filha.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, Solange Giotto, disse que a cena que mostra a separação de mãe e filha é forte, mas não havia outro jeito de pegar a criança.
- Dentro das condições reunidas no momento não tinha outra forma senão aquela, tentar conter a emoção da mãe e tentar da mesma forma cumprir a determinação judicial - disse Solange Giotto.
O comando da Guarda Municipal justificou a ação dizendo que naquele momento foi necessário agir com rigor para cumprir a lei e preservar os direitos do bebê
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