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sexta-feira, 19 de março de 2010
População nas favelas diminuiu
O Brasil reduziu em 16% a população de favelas. Cerca de 10,4 milhões de pessoas deixaram esse tipo de habitação nos últimos 10 anos, apontou ontem um relatório das Nações Unidas. Apesar disso, o número de habitantes de moradia precária em todo o mundo, no mesmo período, avançou de 776,7 milhões para 827,6 milhões.
O número de brasileiros que moram em favelas diminuiu de 31,5% para 26,4% devido à adoção de políticas econômicas e sociais, à diminuição da taxa de natalidade e à migração do campo para a cidade. A Agência para Habitação das Nações Unidas atribuiu a melhoria também à criação do Ministério das Cidades pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a adoção de emenda constitucional afirmando o direito do cidadão à moradia e aos subsídios a materiais de construção.
Entre os países pesquisados, o Brasil está atrás apenas de China, Índia e Indonésia, que, segundo a ONU, deramgrandes passos para combater a precariedade das moradias.
Os autores do estudo calculam que, mantida a taxa atual, o número de habitantes de favelas aumentará 6 milhões por ano até 2020, quando chegará a 889 milhões.
Apesar do incremento de 55 milhões no número absoluto de favelados no período pesquisado, o relatório destaca que 227 milhões de pessoas no mundo deixaram de viver em assentamentos precários entre 2000 e 2010.
“Isto significa que, coletivamente, os governos do mundo alcançaram a Meta 11 do Objetivo 7 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (melhorar a vida de pelo menos 100 milhões de habitantes em assentamentos precários para o ano 2020) em 2,2 vezes”, diz o texto.
A África Subsaariana é região que concentra a maior população em favelas, onde 199,5 milhões ou 61,7% de sua população urbana vivem em tais áreas.
Diário Catarinense
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