quarta-feira, 17 de março de 2010

Nove presos em clínica de aborto na Gamboa


RIO - Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) estouraram uma clínica de aborto na Rua do Livramento, na Gamboa, Zona Portuária, na noite desta terça-feira. Segundo a polícia, nove pessoas foram presas - entre elas quatro pacientes. O médico que fazia os procedimentos e o proprietário da clínica também foram autuados.
Segundo o delegado Fábio Cardoso, uma denúncia anônima levou a polícia a investigar a clínica. Os policiais fizeram monitoramento do local, checando horários e funcionamento do estabelecimento.
- Existia uma movimentação estranha, compatível a clínica de aborto. Mulheres entravam acompanhadas de homens ou senhoras de terceira idade, o que caracterizava - explicou o delegado.
Na noite desta terça-feira, quatro policiais civis - dois homens e duas mulheres - se passaram por clientes e entraram no estabelecimento. Quando tiveram certeza de que se tratava de uma clínica de aborto, avisaram ao delegado e a polícia invadiu o local.
Foram presos o médico Carlos Eduardo de Souza Pinto, 39 anos, e quatro assistentes. De acordo com o delegado, quatro mulheres que haviam feito aborto foram presas. Elas foram encaminhadas à Maternidade Praça 15, no Centro.
Segundo a polícia, o médico e as assistentes serão autuados por crime de aborto praticado em terceiro - cuja pena é de um a quatro anos - e formação de quadrilha. O crime é inafiançável, de acordo com o delegado. As quatro pacientes irão responder por consentimento ao aborto.
Na clínica foram encontradas notas fiscais de material de limpeza e coleta de resíduos em nome da Central Med Clínica Médica Ltda. Segundo o delegado Fábio Cardoso, a clínica cobrava R$ 600 para fazer um aborto num feto de até seis semanas, e R$ 2 mil para interromper uma gravidez com mais de oito semanas.
Ainda de acordo com o policial, a clínica só funcionava à noite, para dificultar a ação da polícia. O estabelecimento contava com um sistema de vigilância com câmeras na entrada e no corredor.
- É uma preocupação exagerada para uma clínica normal - observou o delegado.
No início da madrugada, o proprietário da clínica, Wagner Ferreira da Silva, 46 anos, foi preso. Ele também será autuado por crime de aborto praticado em terceiro e formação de quadrilha.

Flavia Lima



O Globo

4 comentários:

  1. Estou surpresa ate agora, conhecia o médico Carlos Eduardo e sempre foi tão correto, atencioso a seus pacientes, como pode as coisas mudar assim? Meu deus q mundo estamos!!!!

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  2. Infelizmente no mundo que estamos, mata-se por 10 reais.
    Imaginem o lucro que têm com abortos.
    Tudo por dinheiro agora.

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  3. Não me conformo com a situação, conheço o Dr Carlos Eduardo um médico com princípios e carater... porque escolheu esse caminho???

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  4. o medico dr eduardo pinto esta soltinho trabalhado no municipio de lavrinhas sp, numa boa, onde esta a justiça, onde esta a fiscalização, tambem em lavrinhas sp vale tudo é so perguntar para o prefeito ze luiz.

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