SÃO PAULO - O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foi incluído na lista de procurados da Interpol, que é uma espécie de polícia internacional. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério Público de São Paulo. Com isso, o ex-prefeito de São Paulo pode ser preso ao entrar em um dos 181 países que são membros da Interpol. A decisão da prisão de Maluf pela Interpol não pode, no entanto, ser cumprida no Brasil.
- Nenhum brasileiro nato pode ser extraditado, segundo a legislação - disse o promotor do Ministério Público (MP) de São Paulo Silvio Marques, acrescentando que as autoridades americanas não podem pedir para Maluf ficar preso no Brasil.
Maluf foi incluído na lista de procurados, a chamada "difusão vermelha", a pedido da Promotoria de Nova York, nos Estados Unidos, após investigação conjunta de promotores brasileiros e americanos, iniciada no Brasil em 2001. Em 2007, a Justiça americana determinou a prisão de Maluf pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo.
O deputado federal é acusado de desviar recursos das obras da Avenida Água Espraiada e remetê-los para Nova York, e em seguida para a Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey, um paraíso fiscal. Depois, segundo o MP paulista, parte do dinheiro era investida na Eucatex, empresa do ex-prefeito em São Paulo.
Flávio Maluf, filho do ex-prefeito, acusado pela Justiça americana pelos mesmos crimes e no mesmo processo, também aparece na lista de procurados no site da Interpol.
Segundo denúncia do promotor americano Robert Morgenthau, Paulo Maluf teria enviado, de janeiro a agosto de 1998, US$ 11,68 milhões de fundos roubados para uma conta nos Estados Unidos, que teria servido de ponte para encaminhar o dinheiro para a Ilha de Jersey.
- Enquanto ele não estava na lista da Interpol, ele podia ir para qualquer lugar. Agora, não - disse o promotor Silvio Marques.
De acordo com o promotor Silvio Marques, Maluf não chegou a ser julgado nos Estados Unidos, pois o julgamento só pode acontecer na presença dele. No Brasil, o ex-prefeito ficou preso por 40 dias em 2005 e seus bens foram bloqueados, mas a Justiça concedeu liberdade ao hoje deputado federal. Além disso, a Prefeitura de São Paulo conseguiu o bloqueio de US$ 22 milhões na Ilha de Jersey, onde parte dos valores foi depositada.
Em nota, a assessoria de imprensa de Maluf disse que as acusações são falsas. "Basta começarem as movimentações eleitorais para que velhas e falsas acusações voltem a aparecer, divulgadas por setores do Ministério Público de São Paulo", diz a nota.
Já o advogado do ex-prefeito, Maurício Leite, afirmou, também em nota, que a a inclusão do nome do deputado é "uma ilegalidade por parte da promotoria estadual norte-americana, verdadeira afronta à soberania do Brasil e do Congresso Brasileiro. Seria o mesmo que um promotor de Justiça estadual de qualquer estado brasileiro - a exemplo do que fez a promotoria do Estado de Nova York - enviar à Polícia internacional o nome de um parlamentar norte-americano proibindo-o de viajar sob pena de prisão". Leite informou que, em fevereiro, por meio de uma advogado americano, entrou com uma ação na Justiça dos Estados Unidos para anular a inclusão na lista da Interpol.
O Globo
- Nenhum brasileiro nato pode ser extraditado, segundo a legislação - disse o promotor do Ministério Público (MP) de São Paulo Silvio Marques, acrescentando que as autoridades americanas não podem pedir para Maluf ficar preso no Brasil.
Maluf foi incluído na lista de procurados, a chamada "difusão vermelha", a pedido da Promotoria de Nova York, nos Estados Unidos, após investigação conjunta de promotores brasileiros e americanos, iniciada no Brasil em 2001. Em 2007, a Justiça americana determinou a prisão de Maluf pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo.
O deputado federal é acusado de desviar recursos das obras da Avenida Água Espraiada e remetê-los para Nova York, e em seguida para a Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey, um paraíso fiscal. Depois, segundo o MP paulista, parte do dinheiro era investida na Eucatex, empresa do ex-prefeito em São Paulo.
Flávio Maluf, filho do ex-prefeito, acusado pela Justiça americana pelos mesmos crimes e no mesmo processo, também aparece na lista de procurados no site da Interpol.
Segundo denúncia do promotor americano Robert Morgenthau, Paulo Maluf teria enviado, de janeiro a agosto de 1998, US$ 11,68 milhões de fundos roubados para uma conta nos Estados Unidos, que teria servido de ponte para encaminhar o dinheiro para a Ilha de Jersey.
- Enquanto ele não estava na lista da Interpol, ele podia ir para qualquer lugar. Agora, não - disse o promotor Silvio Marques.
De acordo com o promotor Silvio Marques, Maluf não chegou a ser julgado nos Estados Unidos, pois o julgamento só pode acontecer na presença dele. No Brasil, o ex-prefeito ficou preso por 40 dias em 2005 e seus bens foram bloqueados, mas a Justiça concedeu liberdade ao hoje deputado federal. Além disso, a Prefeitura de São Paulo conseguiu o bloqueio de US$ 22 milhões na Ilha de Jersey, onde parte dos valores foi depositada.
Em nota, a assessoria de imprensa de Maluf disse que as acusações são falsas. "Basta começarem as movimentações eleitorais para que velhas e falsas acusações voltem a aparecer, divulgadas por setores do Ministério Público de São Paulo", diz a nota.
Já o advogado do ex-prefeito, Maurício Leite, afirmou, também em nota, que a a inclusão do nome do deputado é "uma ilegalidade por parte da promotoria estadual norte-americana, verdadeira afronta à soberania do Brasil e do Congresso Brasileiro. Seria o mesmo que um promotor de Justiça estadual de qualquer estado brasileiro - a exemplo do que fez a promotoria do Estado de Nova York - enviar à Polícia internacional o nome de um parlamentar norte-americano proibindo-o de viajar sob pena de prisão". Leite informou que, em fevereiro, por meio de uma advogado americano, entrou com uma ação na Justiça dos Estados Unidos para anular a inclusão na lista da Interpol.
O Globo
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