segunda-feira, 15 de março de 2010

Papa acobertou abade pedófilo, afirma jornal


O jornal alemão Süddeutsche Zeitung deste sábado (13) informa que em 1980 o papa Bento 16, então arcebispo de Munique, sul da Alemanha, acolheu um sacerdote suspeito de pedofilia. Trata-se do abade H.

A manchete do jornal é: “A crise atinge o papa”.

A crise, no caso, refere-se à explosão de denúncias sobre abuso sexual e maus-tratos praticados por sacerdotes em vários países.
O abade tinha vindo da diocese da cidade de Essen, na região de Ruhr, no oeste da Alemanha. Lá, H. era acusado de ter abusado de crianças e adolescentes.
O sacerdote foi transferido para receber tratamento psicológico, mas também em Munique H. violentou adolescentes. Ele acabou sendo condenado em 1986.
A transferência de padres de uma paróquia ou de diocese para outra é a maneira pela qual, ao longo dos anos, a Igreja Católica tem poupado os seus pedófilos, conforme denúncias.
A arquidiocese de Munique divulgou nota inocentado o papa, dizendo que a responsabilidade pela transferência do abade foi de um padre de nome Gerhard Gruber. Ou seja, nomeou um bode expiatório.
Depois, um porta-voz do Vaticano disse que há uma campanha agressiva tentando difamar o papa.
Detalhe: embora condenado por abuso infantil, o abade tarado não ficou preso, beneficiando-se da condescendência das leis alemãs. Ele continua na igreja, agora no sul da Alemanha, em Baviera.


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