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segunda-feira, 15 de março de 2010
O tempo contra os Nardonis
Outro intervalo de tempo ajuda a polícia a demonstrar que uma terceira pessoa não poderia ter jogado a menina do sexto andar: o pai, Alexandre Nardoni, levou apenas 59 segundos para constatar a queda e estar ao lado do corpo no térreo do edifício London, ainda durante o telefonema do vizinho Antonio Lúcio Teixeira
A voz dele é ouvida durante a ligação."Tá ouvindo os gritos?”, perguntou o professor Antonio Lúcio Teixeira, morador do 1º andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo, enquanto falava com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) no dia 29de Março, numa ligação iniciada às 23h49m59. Era a voz de Alexandre Nardoni ao fundo da gravação, berrando que a filha havia sido jogada e a porta do apartamento estava arrombada.
A CHEGADA
A família Nardoni chegou à garagem do prédio às 23h36m11s. A polícia constatou esse horário verificando pela empresa Porto Seguro, contratada para monitorar o Ford Ka dos Nardoni, o exato momento em que o motor havia sido desligado naquela noite. Da chegada da família Nardoni à garagem do Edifício London até a queda de Isabella pela janela do sexto andar passaram-se, então, 13 minutos.
Pela versão de Alexandre Nardoni, em 10 minutos, ele subiu com a menina ao apartamento, colocou-a na cama, preparou o dormitório dos filhos menores, trancou a porta e desceu à garagem de novo. Então pegou o menino Pietro no colo e subiu com Anna Carolina Jatobá pelo elevador. Ela carregava o caçula Kauã quando a família chegou ao hall de entrada, no sexto andar.
Pela versão do casal, nesse instante Isabella já estava caída no gramado. Restaram apenas três minutos para que tudo o que se sucedeu fosse encaixado na história. Para a polícia, a versão do casal é matemática em que dois e dois são cinco: em três minutos, ou 180 segundos, o casal teria que ter conseguido concluir uma série de ações para tornar plausível a versão que contaram. E a polícia afirma que é impossível.
CASAL NÃO DESCEU JUNTO
Alexandre e Anna Carolina afirmam ter descido juntos pelo elevador social para tentar socorrer Isabella no térreo. A polícia discorda dessa versão. O argumento é também com base no tempo. Durante o telefonema para a PM, o vizinho Antônio Lúcio, morador do apartamento 12, só conseguiu informar de que andar Isabella havia caído porque viu Alexandre ao lado do corpo e sabia em qual apartamento ele morava.
Também pediu viaturas para verificar a presença de um bandido no prédio porque era isso que o pai da menina dizia naquele momento. Se o telefonema à PM era dado a partir de 23h49m59s e o vizinho via Alexandre no térreo, como é que ele havia descido pelo elevador com Anna Carolina Jatobá se a mulher estava, às 23h50m32s, dentro do apartamento 62, no 6 andar, telefonando para o pai dela, o casal estava na cena do crime na hora do crime. A criança caiu às 23h49, segundo a polícia. E Alexandre já estava no andar térreo no minuto seguinte à queda.
Então, a pergunta definitiva é: como Alexandre conseguiu chegar ao hall do seu andar, destrancar a porta, procurar por Isabella, constatar buraco na tela, correr para chamar o elevador e esperá-lo chegar e descer até o térreo em 59 segundos, com o filho Pietro no colo, sem encontrar o assassino? Isso, se a polícia deduzir que Alexandre mentiu ao dizer que desceu com Anna Carolina pelo elevador. Porque, caso essa possibilidade seja levada em conta, o tempo do casal já estaria esgotado muito antes.
Importantíssimo lembrar que para pessoas realmente inocentes a reconstituição do crime, seria a grande chance de mostrar a sua versão a qualquer custo, mas o CASAL SE RECUSOU A COMPARECER e aproveitar esta oportunidade.
Blog do Caso Isabella de Oliveira Nardoni
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