segunda-feira, 29 de março de 2010

O caso Isabella Nardoni


Há muito tempo um caso criminal não atraia tão intensamente a opinião pública do Brasil. Em 29 de Março de 2008, Isabella foi encontrada morta frente ao prédio onde morava o pai, em São Paulo. As primeiras informações foram de que tinha passado pela tela de proteção da janela e caído de uma altura de 20 metros.
No entanto, a tragédia tomou rumos mais dramáticos. A polícia, desde o início, desconfiou da reação do pai e da madrasta de Isabela. A delegada incumbida do caso, Renata Pontes, e o promotor Francisco Cembranelli nunca duvidaram de que foi o casal que matou a menina. Do lado da defesa, o advogado Roberto Podval admitia que havia elementos contraditórios, mas não existiam provas cabais.
Os acusados estão presos há quase dois anos. No último dia 26/03, foi lida a sentença condenando Nardoni a 31 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão e Ana Jatobá a 26 anos e 8 meses de cadeia. A defesa anunciou que iria recorrer, alegando que a decisão dos sete jurados foi emocional. O juiz Maurício Fossen referiu-se à “frieza emocional e insensibilidade acentuada”.
Como bem disse a revista Veja na última edição, a condenação do casal – sem a confissão dos réus nem o depoimento de testemunhas oculares – consagrou a máxima do jurista italiano Enrico Ferri, que afirmou ser a lógica “a rainha das provas”. Nesse caso, o exercício da lógica contou com um elemento fundamental: o exímio trabalho da perícia técnica paulista. Por meio da análise de materiais genéticos, uso de reagentes químicos e estudos de cronometragem, os peritos costuraram provas que, de outra forma, não se conectariam diretamente e, assim, deram respostas a lacunas que poderiam se transformar em perguntas jamais respondidas.

Enfim, fez-se Justiça e a Justiça foi feita.

Carlos Zamith Junior em Direito


DIÁRIO DE UM JUIZ

Um comentário:

  1. acho q os nardoni são cupados sim ele devem ser preçoss
    estou do lado da Isabella

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