quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mãe de Isabella diz que cuidaria de filho dos Nardoni


São Paulo - A mãe da menina Isabella Nardoni, Ana Carolina de Oliveira, disse em entrevista à rádio BandNews que, se pudesse, cuidaria de Pietro, uma dos filhos do casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Os dois foram condenados pela morte da criança. "Se eu pudesse, deixaria ele (Pietro) debaixo dos meus braços e protegeria e cuidaria dele, o tempo inteiro, mas infelizmente isso não é do meu alcance, ele tem a família dele, tem quem cuide dele. Mas eu tenho um carinho por eles", disse à rádio.
"Essas crianças são inocentes, elas não têm culpa de nada", afirmou a mãe de Isabella à rádio. "O Pietro, de quem tive mais proximidade - inclusive um dia antes (do crime) ele esteve na minha casa. Eu gosto demais, eu gostaria demais de dar um abraço nele. Ele amava demais a minha filha e minha filha a ele. O Cauã também, mas o Pietro por ser mais velho, por termos mais contato, por poder falar, se expressar", disse.

Julgamento
O júri popular de Alexandre e Anna Jatobá durou cinco dias, de 22 a 27 de março, quando foi lida a sentença. A pena foi agravada pelo crime ter sido cometido contra menor de 14 anos, triplamente qualificado por meio cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente pela janela) e com o objetivo de ocultar crime cometido anteriormente (esganadura e ferimentos praticados anteriormente contra a mesma vítima). Nardoni pegou pena maior por ter matado a própria filha.
O casal seguirá cumprindo sua pena nas penitenciárias maculina e feminina de Tremembé (a cerca de 130 km da capital paulista), onde retomará as atividades que fazia antes do julgamento e que incluem trabalho.

O caso
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram condenados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.