quinta-feira, 1 de abril de 2010

Menina é "vendida" e violentada em MT


A delegacia da Criança, Adolescente e do Idoso de Várzea Grande investiga o caso de uma adolescente de 14 anos, natural de Reriutaba, no Ceará, que afirma ter sido vendida pela mãe para um casal de idosos em troca de um pedaço de terreno e mais R$ 700. Segundo a adolescente, a família que a comprou veio para Mato Grosso quando ela tinha 11 anos e, desde então, ela mantinha uma relação marital com o filho do casal, um homem de 30 anos. Ela conta que não podia estudar nem sair de casa, trabalhava como doméstica para a família e sofria violência física por parte do "esposo".
O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar no início do mês de março, que foi até a casa dos acusados, no Parque Mangabeiras. Segundo a conselheira que acompanhou o caso, Patrícia Débora Barcelo, a família mentiu que a menina estava na escola, mas a garota foi encontrada dentro do armário da pia da cozinha. Ainda de acordo com a conselheira, a menina relatou aos profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) que a família prometeu para sua mãe que cuidaria dela e a colocaria na escola. Nada aconteceu e a jovem não conseguia fugir por não conhecer ninguém.
Toda a família foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) para registro do boletim de ocorrência. O conselho tutelar reclama ao Ministério Público que o delegado plantonista afirmou que não era caso de prisão em flagrante, pois no Ceará era comum as adolescentes casarem cedo e o rapaz aparentava ter problemas psicológicos. Os acusados foram liberados.
O Conselho Tutelar da cidade natal da vítima foi comunicado e também está apurando o caso. Segundo informações, a mãe da menina tem 8 filhos, vive em uma situação miserável e nega a denúncia de venda da filha.
De acordo com a conselheira de Várzea Grande, a menina é atendida pelo Creas, mas poderá voltar ao Ceará e permanecer no Conselho Tutelar de Reriutaba até que a situação seja esclarecida. Patrícia conta que os acusados já foram à Defensoria Pública de Cuiabá para requerer a guarda da garota, alegando que a vítima sempre foi muito bem tratada.
A denúncia de violência física, abuso sexual e cárcere privado foi encaminhada ao Ministério Público, ao Juizado da Infância e Adolescência e à Delegacia Especializada. O inquérito foi instaurado na segunda (29). A delegada responsável, Daniela Silveira Maidel, diz que ainda não há provas que confirmem as acusações e que tudo será apurado.

Serviço - O Conselho Tutelar pede que as pessoas denunciem as situações de mau-trato a crianças e adolescentes pelo Disque 100 ou por meio dos telefones dos Conselhos Tutelares dos municípios.


Enviado por e-mail pelo Movimento MT Contra a Pedofilia

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