Um dia depois de carregar nos braços o filho, que foi baleado na cabeça dentro de casa, em Itacibá, Cariacica, e ainda sem se apresentar à polícia, o pai do menino Guilherme Couto de Souza, 3 anos, ligou para a reportagem para apresentar sua versão sobre o fato.
Transtornado, o serralheiro Thiago Ramos de Souza, 23, disse que o maior arrependimento da sua vida foi ter comprado o revólver que resultou no trágico acontecimento.
A Polícia Civil aguarda o resultado do exame residuográfico realizado pela perícia na casa, na arma e na criança baleada para verificar como o revólver disparou.
Além disso, o delegado Paulo Sarmento, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cariacica, informou que a apresentação do pai da criança à polícia é muito importante para as investigações, que indicam que o disparo foi acidental. Mas o serralheiro afirma que não fugiu e que contará somente à polícia, na segunda-feira, quando e por que comprou a arma.
Como seu filho foi baleado?
Não sei como aconteceu. Eu estava tomando banho para ir trabalhar quando ouvi o disparo. Minha mulher também ouviu e foi me chamar no banheiro, pois pensava que o barulho era na rua. Corri no quarto e vi meu filho ensaguentado.
Por que você fugiu depois de socorrê-lo?
Eu não fugi. Peguei meu filho no colo e fomos de carona até o pronto-atendimento, mas lá precisavam dos documentos dele para transferi-lo para o Hospital Infantil, em Vitória. Voltei para casa, mas a mãe dele já tinha ido para lá com os documentos. Em casa, peguei a arma e quase fiz uma besteira em tentar me matar, mas me impediram. Aí pensei na minha outra filhinha também. Meu patrão arrumou um advogado e eu devo ir à polícia na segunda-feira e contar o que houve.
Onde estava a arma?
Eu guardava em uma prateleira alta. Quando acordei ontem, lembrei dela e resolvi tirar as balas dela. Mas fui chamado para trabalhar e na pressa coloquei embaixo do colchão. Não sei como o Guilherme pegou.
Você se sente responsável pelo que aconteceu ao seu filho?
Tenho um arrependimento muito grande do dia em que comprei esse revólver. Quero que meu filho fique bom de novo, para brincar com ele e ver o seu sorriso de novo.
Ainda em estado grave, criança movimenta-se
Apesar de continuar internado em estado grave, no Hospital Infantil, em Vitória, Guilherme movimentou os dedinhos e até a boca, na manhã de ontem, segundo a mãe Gerliane Couto. "Ontem, ele passou pelo centro cirúrgico para fechar o orifício de saída da bala. O Gui se mexeu, mas continua sedado. Fui até em casa hoje (ontem) para ver minha filha, de 2 anos, que sente minha falta e pergunta muito do irmão". Gerliane disse que o marido está fazendo contato com ela para obter notícias do filho.
Familiares temem linchamento
Além da preocupação com o estado de saúde do pequeno Guilherme, os familiares da criança estão preocupados com a segurança do pai do menino Thiago de Ramos de Souza, 23 anos.
"Estão dizendo que vão linchá-lo, mas ele não quis isso para o próprio filho. Eu tenho certeza absoluta que foi um acidente. Ele até me pediu desculpas, mas eu falei que sabia que ele jamais ia querer que isso acontecesse", desabafou a mãe de Guilherme, Gerliane Felipe Couto, 20.
Ela mora há quatro anos com Thiago, com quem tem dois filhos. Gerliane diz que não sabia que o marido tinha uma arma dentro de casa. "As pessoas no hospital olham para mim me acusando de ser uma mãe irresponsável, mas eu nem sabia da arma", disse.
Os parentes descobriram, ontem, um buraco no telhado da casa. Eles acreditam que a bala que atingiu a testa de Guilherme e saiu na parte de cima da cabeça dele, tenha sido projetada para cima e atingido a telha.
Transtornado, o serralheiro Thiago Ramos de Souza, 23, disse que o maior arrependimento da sua vida foi ter comprado o revólver que resultou no trágico acontecimento.
A Polícia Civil aguarda o resultado do exame residuográfico realizado pela perícia na casa, na arma e na criança baleada para verificar como o revólver disparou.
Além disso, o delegado Paulo Sarmento, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cariacica, informou que a apresentação do pai da criança à polícia é muito importante para as investigações, que indicam que o disparo foi acidental. Mas o serralheiro afirma que não fugiu e que contará somente à polícia, na segunda-feira, quando e por que comprou a arma.
Como seu filho foi baleado?
Não sei como aconteceu. Eu estava tomando banho para ir trabalhar quando ouvi o disparo. Minha mulher também ouviu e foi me chamar no banheiro, pois pensava que o barulho era na rua. Corri no quarto e vi meu filho ensaguentado.
Por que você fugiu depois de socorrê-lo?
Eu não fugi. Peguei meu filho no colo e fomos de carona até o pronto-atendimento, mas lá precisavam dos documentos dele para transferi-lo para o Hospital Infantil, em Vitória. Voltei para casa, mas a mãe dele já tinha ido para lá com os documentos. Em casa, peguei a arma e quase fiz uma besteira em tentar me matar, mas me impediram. Aí pensei na minha outra filhinha também. Meu patrão arrumou um advogado e eu devo ir à polícia na segunda-feira e contar o que houve.
Onde estava a arma?
Eu guardava em uma prateleira alta. Quando acordei ontem, lembrei dela e resolvi tirar as balas dela. Mas fui chamado para trabalhar e na pressa coloquei embaixo do colchão. Não sei como o Guilherme pegou.
Você se sente responsável pelo que aconteceu ao seu filho?
Tenho um arrependimento muito grande do dia em que comprei esse revólver. Quero que meu filho fique bom de novo, para brincar com ele e ver o seu sorriso de novo.
Ainda em estado grave, criança movimenta-se
Apesar de continuar internado em estado grave, no Hospital Infantil, em Vitória, Guilherme movimentou os dedinhos e até a boca, na manhã de ontem, segundo a mãe Gerliane Couto. "Ontem, ele passou pelo centro cirúrgico para fechar o orifício de saída da bala. O Gui se mexeu, mas continua sedado. Fui até em casa hoje (ontem) para ver minha filha, de 2 anos, que sente minha falta e pergunta muito do irmão". Gerliane disse que o marido está fazendo contato com ela para obter notícias do filho.
Familiares temem linchamento
Além da preocupação com o estado de saúde do pequeno Guilherme, os familiares da criança estão preocupados com a segurança do pai do menino Thiago de Ramos de Souza, 23 anos.
"Estão dizendo que vão linchá-lo, mas ele não quis isso para o próprio filho. Eu tenho certeza absoluta que foi um acidente. Ele até me pediu desculpas, mas eu falei que sabia que ele jamais ia querer que isso acontecesse", desabafou a mãe de Guilherme, Gerliane Felipe Couto, 20.
Ela mora há quatro anos com Thiago, com quem tem dois filhos. Gerliane diz que não sabia que o marido tinha uma arma dentro de casa. "As pessoas no hospital olham para mim me acusando de ser uma mãe irresponsável, mas eu nem sabia da arma", disse.
Os parentes descobriram, ontem, um buraco no telhado da casa. Eles acreditam que a bala que atingiu a testa de Guilherme e saiu na parte de cima da cabeça dele, tenha sido projetada para cima e atingido a telha.
Gracielle Carraretto
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