sábado, 3 de abril de 2010

EUA ampliam análise de perfil de passageiros em aeroportos


A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, anunciou, nesta sexta-feira, que os Estados Unidos ampliarão a análise do perfil dos passageiros que desembarcam no país, a fim de aprimorar a segurança nos aeroportos.

As novas medidas irão afetar cidadãos americanos e de outras nacionalidades que viajam aos Estados Unidos.
Serão examinadas características como idade, nome, sobrenome, nacionalidade e países visitados recentemente para avaliar se o visitante representa um potencial perigo à segurança americana.
Com base na análise dos dados, os agentes de segurança irão determinar se o passageiro passará por uma revista em equipamentos de raio-x.
Neste ano, cidadãos provenientes de 14 países especificados pelos Estados Unidos, como Afeganistão, Líbia, Iraque, Nigéria, Sudão, entre outros, passaram a ser submetidos a uma verificação mais rigorosa na entrada nos Estados Unidos. As novas medidas impõem a milhões de outros verificações aprimoradas de segurança.
Uma fonte oficial disse à BBC que as autoridades notificaram as companhias aéreas na quinta-feira e os novos protocolos estão sendo implementados imediatamente.

Estratégia
Os Estados Unidos possuem atualmente 6 mil nomes numa lista que impede suspeitos de terrorismo de embarcarem em voos com destino ao país ou de voarem dentro do território americano.
Segundo o jornal TheWall Street Journal, essa lista será complementada com informações checadas por diversas fontes, o que pode levar passageiros que não estejam com o nome listado de serem revistados pelos agentes de segurança.
Apesar de os Estados Unidos não terem autoridade para revistar com equipamentos de raio-X todos os passageiros em aeroportos estrangeiros, o país pode impor sanções a companhias aéreas que não cumpram com as recomendações americanas para segurança na aviação internacional.
A nova estratégia para a revista dos passageiros faz parte de uma revisão das medidas de segurança ordenada pelo presidente americano, Barack Obama, após um atentado fracassado contra o país, em dezembro de 2009.
Na ocasião, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab tentou detonar explosivos em um voo com destino a Detroit no dia de Natal. Ele foi acusado de tentativa de destruir uma aeronave.


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