segunda-feira, 29 de março de 2010

Rússia procura três possíveis cúmplices de terroristas suicidas


Polícia busca duas mulheres e um homem que teriam auxiliado ataques que mataram 38

As forças de segurança russas procuram três possíveis cúmplices das duas mulheres suicidas que detonaram bombas no metrô de Moscou nesta segunda-feira, em ataques separados que mataram 38 pessoas, informaram fontes policiais.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) afirmou que, segundo os primeiros dados, os dois atentados registrados na hora do rush desta manhã foram promovidos por grupos terroristas do Norte do Cáucaso, onde se localiza a região separatista da Tchetchênia, e protagonizados por mulheres suicidas.
Os peritos e criminalistas encontraram as cabeças e outras partes dos corpos das duas terroristas suicidas e esperam identificá-las, afirmaram fontes militares às agências russas.
As explosões ocorreram nas estações de metrô Lubyanka e Park Kultury, no centro de Moscou, com um intervalo de menos de uma hora e deixaram 38 mortos e 70 feridos, muitos deles graves, segundo os últimos dados.
Os agentes de segurança informaram que procuram outras duas mulheres de origem eslava, que acompanhavam as terroristas suicidas até a entrada do metrô e que foram filmadas pelas câmeras de segurança.
Além disso, também se procura um homem, de 1,80 metro de altura e cerca de 30 anos de idade, que também poderia estar relacionado ao atentado.
Na internet também surgiram informações sobre duas ou três mulheres muçulmanas suspeitas vistas na estação Lubyanka pouco antes do atentado, uma das quais inclusive teria se ajoelhado na estação para rezar, ressalta o jornal digital Lifenews.
Por outro lado, algumas versões indicam que a polícia de Moscou poderia ter tido conhecimento prévio sobre os atentados.
Um internauta contou ter ouvido como um agente da polícia dizia a uma funcionária do metrô que "houve explosões em duas estações" e que eram prometidas "outras três". Várias testemunhas contaram que, no último sábado (27), houve batidas policiais e controles de documentação na mesma linha de metrô, perto da estação Lubyanka.
Os atentados desta segunda-feira foram os mais sangrentos em Moscou em seis anos. O governo prometeu eliminar os terroristas por trás dos ataques, e o chefe da FSB, Alexander Bortnikov, disse que militantes do Cáucaso do Norte poderia estar por trás dos ataques.
A Rússia tem enfrentado a insurgência islâmica no sul do país nas últimas duas décadas, que se manifestou em vários ataques terroristas e nas duas guerras sangrentas na Tchetchênia, uma região separatista.
O governo local Tchetcheno combateu com ferocidade os rebeldes nos últimos anos, mas desde o ano passado houve um aumento dos ataques de militantes nas regiões vizinhas da Ossétia do Norte, Inguchétia e Daguestão.
Após cerca de cinco anos sem ataques significativos na região central do país, uma bomba causou o descarrilamento de um trem entre São Petesburgo e Moscou em novembro de 2009, matando 26 pessoas a 350 km da capital russa. Militantes islâmicos assumiram a autoria do atentado.


R7

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