Está tomando forma o mutirão para combater a epidemia de crack que já atormenta mais de 50 mil famílias no Rio Grande do Sul.
Desde sexta-feira, entidades, instituições, comunidades e pessoas estão aderindo à campanha da RBS Crack, Nem Pensar. A ideia é de que o flagelo seja uma preocupação Ações contra o mais devastador dos tóxicos em circulação no Estado já são encaminhadas. A Assembleia Legislativa lançou o Comitê Estadual de Luta Contra o Crack, a partir da Comissão de Serviços Públicos (CSP). Mais de 50 entidades, além das comissões de Saúde, Educação e de Constituição e Justiça, se integraram ao comitê. No segundo semestre, será realizado um seminário para divulgar experiências positivas de enfrentamento à droga.coletiva.
Uma das representantes no comitê da Assembleia, Loiva Santos, do Conselho Regional de Psicologia, destaca que a proposta é incentivar os municípios a implantarem uma política pública contra as drogas. Seriam criados comitês municipais, interligados ao estadual, para atuação em rede. Um dos desafios do comitê é amparar aqueles que concluíram o tratamento e voltaram para casa.
Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Alceu Moreira (PMDB), outra iniciativa desejável é montar grupos de vigilância voluntária nas escolas. Além de orientar estudantes e familiares, teria a incumbência de inibir o assédio de traficantes.
Campanha da comunidade cresce pela internet
A mobilização para enfrentar o crack, que já responde por cerca de 60% dos crimes registrados pela Polícia Civil, também ocorre nas comunidades Orkut e via internet. O técnico em telecomunicações Cristiano Costa dos Santos, 33 anos, lançou uma discussão, no site de relacionamentos, em torno da campanha. Até o meio-dia de sábado, 76 membros haviam postado opiniões e sugestões sobre o assunto.
– Essa droga é desgraçada mesmo. Quando vi a campanha da RBS, bolei a ideia de discutir o assunto no Orkut – destaca Cristiano.
Não apenas a internet está multiplicando adesões. Em Santo Ângelo, a empresa Cine Cisne oferece duas salas para exibir o material publicitário sobre a campanha contra o crack. Os cinéfilos querem ajudar no combate à droga que também se infiltrou na região das Missões.
Em São Leopoldo, a Comunidade Terapêutica Zé Maria quer mostrar seus métodos de tratamento, baseados na reinserção social, na valorização dos pacientes e, principalmente, na desconstrução do mito de “doença crônica e irrecuperável”.
Profissionais que lidam com dependentes de crack engrossaram a campanha. Enviaram e-mails de Sapucaia do Sul, Alvorada, Guaporé, Cruz Alta, Porto Alegre e outros municípios, prometendo ampliar o mutirão. De Barra Funda, no noroeste do Estado, a assistente social Micheli Zandoná conta que trabalha com grupos de crianças e jovens, orientando sobre a prevenção ao álcool e aos tóxicos.
– Enfatizamos muito bem a questão do crack, pois nosso município tem aproximadamente 2,4 mil habitantes, fica na rota do tráfico e percebemos que o crack esta entrando nas casas – alerta Micheli.
Mães de viciados também se aliaram ao mutirão. Uma delas, de Porto Alegre, faz uma advertência para outras famílias. Lembra que as vítimas do crack começam pelo cigarro, depois bebem álcool, experimentam maconha e cocaína, sempre em busca de algo mais forte.
– Sou mãe de um dependente que usa crack há sete anos. Isso destruiu minha família e a vida dele, que hoje tem 27 anos – lamenta a mãe.
Saiba mais sobre o crack e como buscar ajuda.
Zero Hora
Desde sexta-feira, entidades, instituições, comunidades e pessoas estão aderindo à campanha da RBS Crack, Nem Pensar. A ideia é de que o flagelo seja uma preocupação Ações contra o mais devastador dos tóxicos em circulação no Estado já são encaminhadas. A Assembleia Legislativa lançou o Comitê Estadual de Luta Contra o Crack, a partir da Comissão de Serviços Públicos (CSP). Mais de 50 entidades, além das comissões de Saúde, Educação e de Constituição e Justiça, se integraram ao comitê. No segundo semestre, será realizado um seminário para divulgar experiências positivas de enfrentamento à droga.coletiva.
Uma das representantes no comitê da Assembleia, Loiva Santos, do Conselho Regional de Psicologia, destaca que a proposta é incentivar os municípios a implantarem uma política pública contra as drogas. Seriam criados comitês municipais, interligados ao estadual, para atuação em rede. Um dos desafios do comitê é amparar aqueles que concluíram o tratamento e voltaram para casa.
Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Alceu Moreira (PMDB), outra iniciativa desejável é montar grupos de vigilância voluntária nas escolas. Além de orientar estudantes e familiares, teria a incumbência de inibir o assédio de traficantes.
Campanha da comunidade cresce pela internet
A mobilização para enfrentar o crack, que já responde por cerca de 60% dos crimes registrados pela Polícia Civil, também ocorre nas comunidades Orkut e via internet. O técnico em telecomunicações Cristiano Costa dos Santos, 33 anos, lançou uma discussão, no site de relacionamentos, em torno da campanha. Até o meio-dia de sábado, 76 membros haviam postado opiniões e sugestões sobre o assunto.
– Essa droga é desgraçada mesmo. Quando vi a campanha da RBS, bolei a ideia de discutir o assunto no Orkut – destaca Cristiano.
Não apenas a internet está multiplicando adesões. Em Santo Ângelo, a empresa Cine Cisne oferece duas salas para exibir o material publicitário sobre a campanha contra o crack. Os cinéfilos querem ajudar no combate à droga que também se infiltrou na região das Missões.
Em São Leopoldo, a Comunidade Terapêutica Zé Maria quer mostrar seus métodos de tratamento, baseados na reinserção social, na valorização dos pacientes e, principalmente, na desconstrução do mito de “doença crônica e irrecuperável”.
Profissionais que lidam com dependentes de crack engrossaram a campanha. Enviaram e-mails de Sapucaia do Sul, Alvorada, Guaporé, Cruz Alta, Porto Alegre e outros municípios, prometendo ampliar o mutirão. De Barra Funda, no noroeste do Estado, a assistente social Micheli Zandoná conta que trabalha com grupos de crianças e jovens, orientando sobre a prevenção ao álcool e aos tóxicos.
– Enfatizamos muito bem a questão do crack, pois nosso município tem aproximadamente 2,4 mil habitantes, fica na rota do tráfico e percebemos que o crack esta entrando nas casas – alerta Micheli.
Mães de viciados também se aliaram ao mutirão. Uma delas, de Porto Alegre, faz uma advertência para outras famílias. Lembra que as vítimas do crack começam pelo cigarro, depois bebem álcool, experimentam maconha e cocaína, sempre em busca de algo mais forte.
– Sou mãe de um dependente que usa crack há sete anos. Isso destruiu minha família e a vida dele, que hoje tem 27 anos – lamenta a mãe.
Saiba mais sobre o crack e como buscar ajuda.
Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário