quinta-feira, 4 de junho de 2009

Delegado descarta hipótese de 'simples acidente' no caso de engenheira desaparecida

RIO - O delegado Ricardo Barbosa, da Delegacia de Homicídios, afirmou nesta quinta-feira que a polícia descartou a hipótese de um 'simples acidente' no caso da engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco, desaparecida há quase um ano. Barbosa coordenou a reconstituição do caso, que foi realizada durante toda a manhã desta quinta e complicou o trânsito na Barra da Tijuca.
- A polícia Civil está realizando diversas investigações e diversos exames periciais para verificar o ocorrido. O fato é que está descartada a hipótese de um simples acidente - afirmou o delegado em entrevista ao telejornal RJTV, da TV Globo.
De acordo com o delegado, a polícia trabalha com a suspeita de que o veículo foi alvejado por disparos de armas de fogo.
- A hipótese de acidente está descartada por ter sido encontrado fragmentos de projéteis de armas de fogo no veículo. E por meio do laudo da reconstituição vamos verificar em que situação o veículo foi alvejado - explicou Barbosa, que lembrou ainda que o laudo deve sair em 15 dias.
- A reconstituição foi importante até para verificar as contradições existentes nos depoimentos dos policias militares. Com a conclusão do laudo pericial, já poderemos ter uma confirmação do que aconteceu.
O pai da engenheira, Celso Franco, afirmou por telefone ao telejornal RJTV que não se surpreendeu com o fato de a polícia ter descartado o acidente.
- Já achávamos isso há muito tempo, desde quando foram encontradas as marcas de bala no carro. Já tínhamos certeza de que não foi um simples acidente. Mas com certeza os policiais sabem o que aconteceu, porque foram eles que deram o tiro. A gente só tem que aguardar o laudo final da perícia. Depois que mudou o chefe de polícia, o caso andou rápido e sentimos que a polícia está empenhada em resolver o caso. Acho que vamos ter um resultado breve. Estou com muita esperança - afirmou.
A reconstituição do caso começou no fim da madrugada desta quinta-feira, por volta das 4h, na Autoestrada Lagoa-Barra. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli e policiais da Delegacia de Homicídios participaram dos trabalhos. Uma rua próxima à saída do Túnel do Joá, na Barra da Tijuca, precisou ser interditada e o tráfego ficou complicado no local.
Os peritos fizeram o trabalho na mesma hora do fato para se aproximarem ao máximo da realidade As pessoas diretamente envolvidas com o caso participaram da simulação, inclusive os policiais militares e bombeiros que atenderam a ocorrência. Um caminhão Munck foi usado para posicionar o carro - um Palio igual ao que Patricia dirigia - na beira do Canal de Marapendi, onde ele foi encontrado.
Os trabalhos da polícia acabaram complicando a vida de muitos motoristas no início da manhã. Motoristas curiosos paravam para ver a reconstituição do caso e, com isso, o tráfego ficou congestionado na Barra desde a Avenida Ministro Ivan Lins até o Túnel do Joá, no sentido Zona Sul. No sentido Barra, o tráfego ficou lento desde a na altura do Fashion Mall, em São Conrado, até o Túnel do Joá.


O Globo On Line

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