Segundo o delegado João Brito, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por volta das 18h30m desta quinta-feira, uma caixa de bombons endereçada à Cristiane chegou ao apartamento onde moram mãe e filha, no bairro Casa Caiada. Na embalagem havia um bilhete, escrito, de acordo com o delegado 'por alguém próximo à estudante de Direito'.
- A mãe da menina disse à polícia que, a princípio, não deu muita importância para a caixa, pois estava se aprontando para um compromisso quando chegou a encomenda. Ela abriu o embrulho e deixou a caixa de bombons em cima de uma mesa. Nisso a menina comeu o doce e começou a passar mal - conta Brito.
Nesta sexta-feira, várias pessoas prestaram depoimento no DHPP de Recife, onde o caso está sendo investigado. Entre elas está o pai de Raíssa, separado de Cristiane Maria há mais de um ano. Segundo a polícia tanto o pai quanto uma possível parceira da mãe da criança estão sendo averiguados.
- Temos duas linhas de investigação, a princípio. A primeira diz respeito ao pai da menina. Nós também tivemos informações de um relacionamento homoafetivo da mãe da vítima, que teria causado a separação. Mas parece que a mãe também não queria mais saber desse outro relacionamento - ressalta o delegado.
João Brito, no entanto, não descarta outras possibilidades.
- Tudo vai ser investigado. Há casos aqui em Pernambuco de pais ou parentes muito próximos envenenando filhos.
Segundo a polícia, os primeiros depoimentos foram colhidos informalmente, por conta do estado de choque das testemunhas.
O delegado disse que teve esta manhã contato com a equipe médica do Hospital Prontolinda e que a garota, após uma piora no quadro clínico no início da internação, se recupera melhor com os novos medicamentos para neutralizar o veneno. Uma perícia deve identificar a substância encontrada nos bombons.
O Globo On Line
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