segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Políticos buscam a liberação do cineasta Roman Polanski, preso na Suíça


RIO - Políticos da França e da Polônia estão unidos em defesa do cineasta Roman Polanski, preso no sábado em Zurique, na Suíça , trinta e um anos depois de ter admitido ter mantido relações sexuais com uma garota de 13 anos nos Estados Unidos. Neste domingo, o ministro de Cultura Frederic Mitterrand divulgou um comunicado informando que tanto ele quanto o presidente Nicolas Sarkozy querem ver o diretor voltar rapidamente para sua família.

Entenda melhor o caso

Miterrand disse estar "atordoado" com a notícia. Polanski foi preso ao desembarcar na capital suíça, onde seria homenageado no Festival de Cinema de Zurique. O mandado de prisão foi emitido pelas autoridades americanas em 1978, quando o cineasta já havia deixado os Estados Unidos.
Radoslaw Sikorski, ministro das Relações Exteriores da Polônia - para onde Polanski foi durante a Segunda Guerra Mundial, quando sua mãe foi morta por nazistas -, disse que pode apelar diretamente para as autoridades americanas sobre o caso.
- Estou considerando a possibilidade de solicitar ao presidente dos Estados Unidos (Barack Obama) a proclamação de um ato de clemência que resolva a questão de uma vez por todas - afirmou Sikorski.
No início deste ano, um magistrado americano afirmou que houve má conduta do juiz original do caso, hoje falecido, mas determinou que Polansky deveria retornar aos Estados Unidos para pedir a anulação do caso.
Bernard Kouchner, ministro das Relações Exteriores da França, também emitiu uma declaração na qual diz estar em contato com as autoridades suíças para exigir que os direitos de Polanski sejam plenamente respeitados e que uma solução "favorável" seja encontrada rapidamente.

Artistas estão indignados com a prisão
A comunidade artística também está indignada. O presidente da Associação dos Produtores de Cinema, Jacek Bromski, está perplexo com a atitude dos suíços.
- Não entedemos porque eles convidaram Polanski para um festival de cinema, onde era para ter recebido um prêmio por uma vida de realizações, e em seguida o prenderam - argumentou.

2 comentários:

  1. Suíços entreguistas, colaboracionistas, antijudeus!!
    O que teria a perder um sobrevivente do Holocausto, cuja mulher, grávida, foi assassinada junto com o filho mais velho, e dez anos depois foi acusado de abusar de uma menina de treze anos que dizia ter 18? Pois eu garanto que ele teria muito a perder. Roman Polanski é patrimônio mundial da Humanidade, por tudo o que passou até hoje, mas, sobretudo, por tudo o que criou no Cinema e no Teatro para driblar tragédias tão irreversíveis em três momentos distintos de sua vida.
    A Suíça é tão insignificante, que abriu fácil, fácil as pernas para os nazistas durante a II Guerra, como o fizeram França, Áustria e Polônia. Diferente da Dinamarca, que, através do rei Cristiano X, evitou que mais judeus fossem mortos durante a invasão de Hitler ao país.
    Vou fazer circular pela Internet uma "petition online" e quem sabe não chega às mãos de alguma autoridade capaz de nos ouvir e fazer valer os direitos do diretor?

    Daniel Feldman Israel.

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  2. Se me recordo bem, Rei dinamarquês Cristiano X usou bracelete judeu em público em solidariedade aos judeus dinamarqueses prestes a ser deportados aos campos da morte. Quando aconteceu isso? Em 1942.

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