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sábado, 3 de outubro de 2009
Além da quimio e radioterapia, Linfoma é tratado com imunoterapia
Protocolo utilizado em diversos países do mundo utiliza quimioterapia associada a medicamentos alvo específicos, ampliando eficácia e reduzindo efeitos colaterais
A recente exposição do linfoma no cenário nacional traz um grande benefício para a população: a importância e disseminação dos sinais e sintomas da doença, fundamentais para a detecção precoce, que aumenta, e muito, as chances de cura. Por outro lado, para que essa cura seja possível nos casos mais comuns de linfoma, que correspondem a 80% dos casos da doença no mundo ocidental– os chamados linfomas de células B -, habitualmente não deve ser feito apenas com quimio e radioterapia. Denominada de imunoterapia, este tipo de tratamento inovador atinge seletivamente as células linfomatosas e detém a multiplicação das células malignas.
A imunoterapia no tratamento do Linfoma alia o anticorpo monoclonal chamado MabThera (rituximabe), aos regimes de quimioterapia tradicionais. “É consenso mundial que a utilização do rituximabe associado à quimioterapia, aumenta consideravelmente as chances de cura dos pacientes com linfoma de células B. A chegada deste tratamento, há 10 anos, foi um marco no tratamento da doença. Destaca -se os tratamentos dos linfomas difuso de grandes células B, do folicular, da zona do manto e, mais recentemente, da leucemia linfocítica crônica. Diversos países da Europa, Estados Unidos e até a África adotaram o medicamento como protocolo de tratamento”, afirma Dr. Cármino Antonio de Souza, médico hematologista e professor titular de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp.
No Brasil, segundo os últimos dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2004, foram computadas mais de 3 mil mortes no País devido somente aos cânceres do sistema linfático. Uma média de 8,5 mortes por dia devido à doença.
“Devido a esses números de mortes e com a incidência cada vez maior no Brasil é importante que as autoridades federais dêem a devida atenção ao tratamento do linfoma, já que sabemos que a cura é possível em grande parte dos casos”, completa Dr. Cármino.
Lançado no Brasil há 10 anos, MabThera vem proporcionando a cada ano novos benefícios para os pacientes com linfoma de células B. Até o momento, mais de 1,5 milhão de pacientes foram tratados com o medicamento em todo o mundo.
Além disso, este foi o primeiro anticorpo monoclonal aprovado pelo FDA em 1997 (Food and Drug Administration – agência norte-americana responsável pelo controle dos medicamentos) para o tratamento de câncer e representou um avanço na Medicina ao desenvolver o conceito de terapia dirigida a um alvo. Diferente da quimioterapia clássica que mata não somente as células doentes, mas ataca células sadias, esse medicamento age exclusivamente sobre as células doentes.
Desafios além da Medicina
Apesar de todos os avanços terapêuticos, existem outros desafios no combate à doença: o desconhecimento sobre o linfoma e a dificuldade para a realização do diagnóstico precoce. Para se ter uma idéia, uma pesquisa realizada pelo DataFolha, em 2008, apontou que mais da metade dos brasileiros (66%) nunca ouviu falar do linfoma, que é o quinto tipo de câncer mais freqüente no mundo. Um dado ainda mais preocupante é que 89% dos que mencionaram ter ouvido falar dos linfomas (34%), desconhecem os sintomas da doença.
O sintoma inicial mais comum do linfoma é um aumento indolor dos linfonodos no pescoço, axilas, abdômen, virilha ou do mediastino (região entre o coração e os pulmões). Outros sintomas incluem febre, suor, principalmente à noite, perda de peso e coceira. O baço e/ ou o fígado podem estar aumentados
Fonte: EAgora
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