segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Angola: Socióloga afirma que gravidez precoce se deve à precária educação


Luanda – A socióloga Fátima Viegas referiu hoje que o elevado número de gravidezes precoces se deve a precariedade da educação que os jovens têm recebido.
Em declarações à Angop, Fátima Viegas afirmou que a precariedade de educação se deve ao fato de a família angolana estar completamente desagregada, desestruturada de tal modo que os valores morais culturais, sociais não sejam transmitidos de pais para os filhos.
Para a socióloga, as crianças não tem uma educação sexual na família nem na escola, mas esta é uma matéria que faz falta, desperta e esclarece-lhes quase tudo sobre o que é a relação sexual.
Por desconhecimento, de acordo com a socióloga, entregam-se às relações sexuais como se fosse uma coisa normal e às vezes apercebem-se das consequências da gravidez indesejada quando já tarde.
“Então é preciso um trabalho na família ou que se introduza efetivamente a cadeira de educação sexual nas escolas para que as nossas crianças saibam utilizar o corpo na devida altura e essencialmente respeitá-lo” defendeu.
Quanto ao compromisso dos rapazes em relação à gravidez indesejada, Fátima Viegas afirmou ser uma questão de mentalidade, pois a relação foi de mútuo acordo, algo partilhado e a partir do momento em que se gera uma pessoa humana, quer o futuro pai ou mãe devem responsabilizar-se por este ato.
A socióloga apontou como uma das consequências da gravidez precoce o abandono dos estudos, porque geralmente não existe na família pessoa disponível para cuidar da criança.
” Entre as opções está parar os estudos e só depois continuar a formação, isso geralmente quebra o sonho da jovem que quer dar um contributo mais sólido à sociedade com a sua formação”, finalizou.



Angola Press

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