quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mais de 9% dos animais estão ameaçados de extinção, diz estudo

Ameaça Mais de um quinto dos mamífero corre perigo

Um relatório divulgado na Austrália mostra que mais de um quinto de todos os mamíferos conhecidos corre perigo, assim como 29% por cento dos anfíbios e 12% das aves.

Quase 10% das espécies conhecidas estão ameaçadas de extinção, de acordo com o primeiro estudo abrangente da vida selvagem do mundo publicado pela Australian Biological Resources Study (PEATE).
O relatório, o mais abrangente realizado até agora, diz que 9,2 % das espécies conhecidas são ameaçadas pela perda de habitat, alterações climáticas e outras pressões ambientais. Mais de um quinto de todos os mamíferos conhecidos corre perigo, assim como 29% por cento dos anfíbios e 12% das aves.
Os ursos polares, por exemplo, cujo habitat está ameaçado pelo derretimento do gelo, e os diabos-da-tasmânia, que estão sendo atacados por uma forma mortífera de câncer, são apenas duas das dezenas de milhares de mamíferos, aves, répteis, peixes e anfíbios que estão em perigo.
O estudo também mostra que, até agora, 1,9 milhão de espécies foram identificadas, mas os autores acreditam que esse número pode chegar a 11 milhões, com um grande número de invertebrados, fungos e outros organismos que ainda não foram encontrados, classificados e nomeados.
Apenas neste mês, cientistas britânicos ajudaram a descobrir, pelo menos, 40 novas espécies nas florestas de Papua Nova Guiné, incluindo 16 rãs, um morcego e um rato gigante, que pode vir a ser o maior do mundo.
O projeto, que tem o apoio de Sir David Attenborough – um dos naturalistas mais conhecidos do mundo - identificou 114.000 novas espécies nos últimos três anos, incluindo oito mamíferos.
Attenborough estima que cerca de 18.000 espécies são encontradas por ano, porém a falta de taxonomistas - cientistas que identificam e classificam as espécies - está retardando os trabalhos. O número de animais em extinção supera de longe a novas descobertas.
Essa demora, segundo o pesquisador, prejudica ainda mais a proteção das espécies. “Se não podemos estar certos do organismo que encontramos, não podemos protegê-lo, e menos ainda entendê-lo", afirma.
Attenborough descreveu a região das florestas de Papua Nova Guiné como sendo "o próprio fundamento das ciências naturais" e uma ferramenta essencial na proteção da biodiversidade do planeta. "Listar as espécies é apenas o início desse processo essencial. Esse relatório irá fornecer um ponto de referência fundamental para aqueles que estão agindo para proteger o nosso planeta”, diz.
A pesquisa revela também que a Austrália é um dos grandes repositórios do mundo de espécies únicas, com um maior número de espécies endêmicas do que o normal. Cerca de 87% de seus mamíferos e 93% dos seus répteis não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.
Peter Garrett, ministro do Meio Ambiente da Austrália, descreveu o relatório como "uma contribuição fantástica na luta para conservar a biodiversidade". "Precisamos dessas informações para fazer um melhor trabalho de gestão da nossa biodiversidade contra as ameaças de espécies invasoras, a perda de habitat e mudanças climáticas."



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.