SALVADOR - Um menino de 11 anos vive um drama na Bahia. Ele foi espancado com um arreio de cavalo, em São Gonçalo dos Campos, a 108 km de Salvador. O pai Joel Santiago, acusado de ser o agressor, está preso e a mãe não quer o filho de volta. Nesta quinta, o menino deixou o hospital onde estava internado, em Feira de Santana, e foi levado para a sede do Conselho Tutelar da cidade.
M.C.M teve as mãos amarradas e foi espancado com arreio, inclusive no rosto, no último dia 24. O motivo seria o sumiço de R$ 200 da casa do pai. Segundo o presidente do Conselho Tutelar da cidade, Domingos de Santana Filho, o garoto conseguiu se soltar quando o pai saiu para trabalhar. Ele encontrado praticamente desmaiado pelos vizinhos em uma mata, próximo a sua casa. Bastante machucado, M. foi levado para o Hospital Clériston Andrade. No ano passado, Santiago já teria dado socos no filho depois de uma discussão.
M. poderia ter recebido alta na última terça, mas teve de permanecer no hospital, correndo risco de contrair infecção hospitalar, porque não tinha para onde ir.
Os conselheiros procuraram a mãe do menor para que ela os autorizasse a pegar o menino no hospital e tentar convencê-la a ficar com o filho, mas ela não quis o menino de volta. Ao saber que poderia ir para a casa da mãe, M. teria se desesperado.
- Ele gritou muito pedindo para não ir. Ficamos até emocionados - disse o presidente do Conselho Tutelar, Domingos de Santana Filho.
Segundo o presidente do Conselho Tutelar de São Gonçalo, a mãe de M. também é acusada de negligência e abandono. Ela tem outros 5 filhos e diz que não tem condições financeiras para ficar com o garoto, que morava com o pai desde o ano passado.
Diante do problema, os conselheiros assinaram termo de responsabilidade sobre a guarda do menino para retirá-lo do hospital. Um quarto foi preparado para abrigá-lo na sede do Conselho Tutelar.
O menino disse que não quer ficar nem com a mãe, nem com o pai. Ele queria ficar com um irmão de 13 anos, que vive nas ruas de Feira de Santana, mesma cidade onde moram a mãe e outros irmãos. A família moraria na casa de parentes.
Santana Filho disse que o menor vai ficar sob a responsabilidade da Secretaria de Ação Social, hospedado no abrigo Palácio do Menor, até a decisão da Promotoria e do juiz da Infância e Juventude.
- O juiz poderá encaminhá-lo para a adoção - diz o conselheiro.
Santana Filho disse que Santiago só ficou com M. porque queria que ele ajudasse na roça do sítio onde ele próprio trabalha. O pai deve responder pelos crimes de tortura e espancamento de menor.
Wagner Gomes, O Globo, Bahia
O Globo
M.C.M teve as mãos amarradas e foi espancado com arreio, inclusive no rosto, no último dia 24. O motivo seria o sumiço de R$ 200 da casa do pai. Segundo o presidente do Conselho Tutelar da cidade, Domingos de Santana Filho, o garoto conseguiu se soltar quando o pai saiu para trabalhar. Ele encontrado praticamente desmaiado pelos vizinhos em uma mata, próximo a sua casa. Bastante machucado, M. foi levado para o Hospital Clériston Andrade. No ano passado, Santiago já teria dado socos no filho depois de uma discussão.
M. poderia ter recebido alta na última terça, mas teve de permanecer no hospital, correndo risco de contrair infecção hospitalar, porque não tinha para onde ir.
Os conselheiros procuraram a mãe do menor para que ela os autorizasse a pegar o menino no hospital e tentar convencê-la a ficar com o filho, mas ela não quis o menino de volta. Ao saber que poderia ir para a casa da mãe, M. teria se desesperado.
- Ele gritou muito pedindo para não ir. Ficamos até emocionados - disse o presidente do Conselho Tutelar, Domingos de Santana Filho.
Segundo o presidente do Conselho Tutelar de São Gonçalo, a mãe de M. também é acusada de negligência e abandono. Ela tem outros 5 filhos e diz que não tem condições financeiras para ficar com o garoto, que morava com o pai desde o ano passado.
Diante do problema, os conselheiros assinaram termo de responsabilidade sobre a guarda do menino para retirá-lo do hospital. Um quarto foi preparado para abrigá-lo na sede do Conselho Tutelar.
O menino disse que não quer ficar nem com a mãe, nem com o pai. Ele queria ficar com um irmão de 13 anos, que vive nas ruas de Feira de Santana, mesma cidade onde moram a mãe e outros irmãos. A família moraria na casa de parentes.
Santana Filho disse que o menor vai ficar sob a responsabilidade da Secretaria de Ação Social, hospedado no abrigo Palácio do Menor, até a decisão da Promotoria e do juiz da Infância e Juventude.
- O juiz poderá encaminhá-lo para a adoção - diz o conselheiro.
Santana Filho disse que Santiago só ficou com M. porque queria que ele ajudasse na roça do sítio onde ele próprio trabalha. O pai deve responder pelos crimes de tortura e espancamento de menor.
Wagner Gomes, O Globo, Bahia
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário