domingo, 4 de outubro de 2009

Médico acusado de abuso passa seu primeiro aniversário na prisão


Roger Abdelmassih (reprodução acima), médico acusado de violentar pelo menos 56 pacientes, completou hoje (3) 66 anos de idade na cela 101 do pavilhão 2 da Penitenciária de Tremembé (SP). Foi o seu primeiro aniversário no cárcere. Filho de libaneses, ele nasceu em 1943 em São João da Boa Vista, cidade paulista hoje com 84 mil habitantes que fica a 223 km da capital.
Até ser preso preventivamente no dia 17 de agosto, o especialista em reprodução humana assistida tinha prestígio entre os ricos e famosos, como Roberto Carlos, Hebe Camargo, Pelé e Gugu, que compareciam a eventos promovidos por ele.
Neste sábado, a companhia de Abdelmassih não é tão rica nem famosa e, agora como o próprio médico, não passaria em um teste de popularidade.
Ele convive em sua cela com um acusado de tráfico de drogas, um ex-delegado, um ex-agente da Polícia Federal e um ex-investigador da Polícia Civil.
Em 15 metros quadrados, os quatros dispõem de três beliches, um vaso sanitário, uma pia, um chuveiro de água fria e uma tv que fica ligada quase todo o tempo. Todos vestem camisa branca e calça marrom-clara – o uniforme.
Nos finais de semana, Abdelmassih recebe a visita íntima da procuradora do MPF (Ministério Público Federal) Larissa Maria Sacco, a sua namorada, conforme relata na Veja São Paulo desta semana o repórter Caio Barretto Briso, que passou três dias na penitenciária.
O médico quis saber de um funcionário se poderia mandar flores para a Larissa. “O doutor às vezes faz pedidos desta natureza”, disse o diretor de segurança da penitenciária. “Parece que não caiu a ficha que está preso.”
A revista publicou a foto de uma das 24 salas da penitenciária para encontros íntimos. A cama é um bloco de concreto sobre o qual há um colchãozinho de espuma amarronzada, quase da mesma cor do piso, de cimento. Há uma piazinha ao lado do chuveiro. Uma cortina branca separa os dois ambientes.
Com 296 detentos, na Tremembé só fica sem fazer nada quem quiser. Lá existem duas oficinas, uma de usinagem e outra de montagem de torneiras. Os emotivos poderão ter aula de música ou participar de concurso de poesias. Para os cerebrinos, há campeonatos de xadrez. Um templo ecumênico atende quem precisa da ajuda espiritual para suportar seus pecados.
Abdelmassih colabora na limpeza da cela. Depois, quando não está com seus advogados ou com Larissa, dedica-se a escrever ou a ler livros de auto-ajuda.
As refeições são servidas na cela, não exatamente por garçons, mas o menu não é dos piores. Num dos dias em que o repórter lá esteve, para o almoço havia arroz, feijão, picadinho de carne com bacon, abóbora e berinjela com queijo e, de sobremesa, banana e laranja.
Mesmo assim Abdelmassih emagreceu. A vantagem é que, agora, ele pode, por exemplo, comer bolo de aniversário à vontade.


Um comentário:

  1. Como pode uma procuradora da república prestar a esse papel decadente, cadê a ética do MPF? Com relação a essa bandida de carterinha superior. Minha querida tenho pena de você pode ter certeza que a sua casa vai cair também e quem sabe, restará a você ser advogada de porta de cadeia. Com relação a isso você já está se familiarizando muito bem. rsrsrsrsrsrs

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