sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O custo da palmada no Q.I das crianças


Pesquisas mostram que crianças castigadas com surra tiveram baixo desempenho cerebral na faixa que inclui neurônios

O Quoeficiente de Inteligência (QI) apresenta queda de 5.5 pontos em decorrência de palmadas, mas o declínio do estímulo intelectual é o efeito mais importante, diz estudo conduzido pelo sociólogo Murray Straus, da Universidade de New Hampshire, em Durham, e Mallie Paschall, do Centro de Pesquisa e Prevenção em Berkeley, na Califórnia. Os pediatras e psicólogos precisam começar a fazer o que nenhum deles fez até agora, e dizer, "não batam, sob qualquer circunstância", alertam os pesquisadores.
Essas não são as primeiras evidências de que bater em crianças traz um sério custo para o desenvolvimento infantil. Muitos estudos prévios já sugeriam a associação, e uma pesquisa recente (a partir de tomografias do cérebro) descobriu que crianças castigadas com surra tiveram baixo desempenho cerebral na faixa "verde" (que inclui neurônios) comparadas com outras crianças. Estresse, ansiedade e medo talvez expliquem por que surras tornam lento o desenvolvimento cognitivo.
No entanto, os novos pesquisadores fazem uma ligação mais forte no relacionamento de causa e efeito entre surras e inteligência do que outros estudos, afirma Elizabeth Gershoff, estudiosa de desenvolvimento infantil da Universidade do Texas, que não participa do novo trabalho. Isso porque ele examina crianças no decorrer de quatro anos, além de calcular dados como a etnia dos pais e se eles faziam leituras para as crianças.
Straus e Paschall analisaram dados coletados nos anos 80. Em 1986, um estudo anterior mensurou o Q.I. de 1.510 crianças (de 2 a 9 anos) e observou como suas mães as submetiam a punições corporais. Os testes, repetidos quatro anos depois, analisaram crianças (2 a 4 anos) e (5 a 9 anos), pois alguns psicólogos afirmam que surras ocasionais são aceitáveis em crianças mais novas, mas não em crianças mais velhas.

Diário do Nordeste

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