A polícia teve que sacrificar 44 baleias que já estavam esgotadas, para pôr fim ao seu sofrimento, instigando a revolta das pessoas que ainda lutavam para salvá-las. As outras morreram de estresse e falência múltipla dos órgãos. Os animais foram inicialmente identificados como baleias-piloto, mas depois os veterinários concluíram que eram da espécie falsas orcas.
O sofrimento das baleias começou na manhã de sábado e centenas de pessoas, incluindo mergulhadores e biólogos, enfrentaram as águas frias, os ventos fortes e as ondas para tentar empurrá-las de volta ao mar com a maré alta. Mas elas acabavam voltando para a areia.
As autoridades chegaram a cogitar a hipótese de transportar os animais, que pesam cerca de uma tonelada e meia cada um, por caminhão e depois de barco para as proximidades das águas profundas da cidade de Simons. Mas a idéia foi descartada, porque a saúde das baleias se deteriorou muito rapidamente e a única solução foi matá-las, com um único tiro no cérebro.
Antes do sacrifício, a polícia tentou desesperadamente retirar da praia os espectadores que acompanharam o sofrimento dos animais na esperança de um final de feliz.
Nan Rice, do Grupo Golfinho de Ação e Proteção, disse que a decisão de sacrificar as baleias só foi tomada depois de ter ficado claro que os animais não seriam capazes de sobreviver a uma noite na praia.
- Eles já foram enfraquecendo. Os animais não teriam sido capaz de nadar para fora - informou a agência de notícias da África do Sul.
As autoridades alertaram os surfistas para ter cuidado com um grande tubarão branco que está circulando as águas em busca do resto dos corpos das baleias. A observação de baleias é uma atração popular entre turistas que vão à Cidade do Cabo e esta foi a primeira vez em que tantos animais encalharam. O motivo do encalhe ainda não está claro e serão realizados testes com amostras das carcaças da baleias para descobrir a razão.
O Globo On Line
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