terça-feira, 23 de março de 2010

Depoimento de perito encerra 2° dia de júri de casal Nardoni


Com um depoimento de cerca de 30 minutos do perito baiano Luiz Eduardo Carvalho Dórea, testemunha de acusação, os trabalhos do segundo dia do julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá encerraram às 19h30 desta terça-feira. Três pessoas foram ouvidas na sala do Júri do Fórum de Santana, na zona norte da capital paulista - a delegada Renata Pontes, o médico Legista Paulo Sergio Tieppo Alves e o perito Dórea.
Uma quarta testemunha seria ouvida nesta terça-feira. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a participação de mais uma oitiva seria muito longa. Com a decisão, a perita Rosangela Monteiro, do Instituto de Criminalística, última testemunha compartilhada entre defesa e acusação, ficou para esta quarta-feira.

2° dia
O segundo dia do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá recomeçou às 10h05 desta terça-feira, mais de uma hora depois do horário previsto. O atraso foi causado pela montagem de duas maquetes do edifício London, local da morte de Isabella, e pelo ajuste no som do Fórum de Santana, um dia depois de reclamações durante o depoimento de Ana Carolina Oliveira, mãe da vítima, na segunda-feira.
Testemunha compartilhada entre defesa e acusação, a delegada Renata descartou em seu depoimento a presença de uma terceira pessoa na cena do crime e disse ter 100% de certeza da culpa do casal Nardoni. A delegada disse que pelo menos três denúncias anônimas sobre a participação de um terceiro foram investigadas quando Alexandre e Anna Carolina já estavam presos. No entanto, todas se revelaram trotes.
Segundo a ser ouvido nesta terça-feira - também como testemunha de acusação e defesa -, o médico-legista do IML Paulo Sergio Tieppo Alves exibiu aos jurados fotos do corpo de Isabella na sua oitiva de três horas. A avó materna da menina, Rosa de Oliveira, deixou a sala para não ver as imagens.
Para comprovar que a menina se mordeu ao ser esganada, o médico legista mostrou imagens da parte interna da bochecha e afirmou que, com a ajuda de dados que constam nos autos desde 2008, seria "impossível" que os ferimentos da esganadura fossem posteriores à queda do edifício.

O caso
O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá começou em 22 de março e deve durar cinco dias. O júri popular ouve 16 testemunhas , sendo 11 arroladas pela defesa, três compartilhadas entre advogados do casal e acusação e duas do Ministério Público. Seis foram dispensadas pela defesa ainda no primeiro dia e uma, pela acusação.
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.

Fabiana Leal e Hermano Freitas


Terra Notícias

Um comentário:

  1. Meu Pai Eterno, como pode haver no mundo pessoas capazes de tamanha crueldade, covardia?
    Pior ainda pensar que quem fez isso foi o próprio pai. Esse pai só pode ser uma pessoa completamente desprovida de qualquer sentimento. Naquele momento ele só queria ficar bem com a mulher com quem vivia e satisfazer seus caprichos, pouco se importando com a filha.
    Esse crime nos choca profundamente pela crueldade, pois nem Alexandre nem Jatobá parecem estar arrependidos de coisa alguma. Continuam com cara de lesados, e se houver justiça neste país, eles serão condenados e ainda devem perder a guarda dos outros dois filhos, já que seria uma insanidade deixá-los com as crianças.

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