Não há dúvidas de que o Caso Isabella Nardoni é um acontecimento nacional. Também não restam quaisquer dúvidas de que a morte da menina, e as circunstâncias envolvendo o fato, já seriam elementos mais do que necessários para causar comoção, revolta e um desejo sincero de punição para os culpados de tal crime.
No entanto, depois de tudo o que aconteceu, dos fatos apurados e de todo o trâmite até o início do julgamento; ninguém pode discordar que os acusados pela morte da menina (em especial o pai) estão profundamente mal assessorados em relação ao quesito “simpatia”.
Pode soar absurdo para alguns que alguém, acusado de um crime hediondo dessa natureza, deva parecer simpático. Mas, no direito (aqui ou lá fora) os advogados procuram sempre transformar a figura de seus clientes em algo mais “palatável” para o juiz e para os jurados (ou, até mesmo, para a opinião pública). É fato conhecido e comprovado que uma aparência combalida, triste (ou mesmo frágil) e uma postura menos “decidida” é sempre um item a ser considerado na defesa e pode render a conquista de um ou outro elemento do júri ou do próprio juiz. A função primordial da “simpatia” é plantar a dúvida ou “abrir uma porta” por onde ela possa entrar.
Quem está acostumado a acompanhar julgamentos (ou até simples reportagens policiais), mesmo não sendo profissional do direito, está familiarizado com a famosa “cara de inocente” que até os mais cruéis criminosos ou os presos em “flagrante delito” apresentam, na hora de enfrentar “o homem da capa preta” ou de ficar diante do “Dotor Delegado”. Isso nada mais é do que uma clara (ou descarada) estratégia de defesa. Como eu já disse antes, esse comportamento visa plantar a semente da dúvida, através do “vírus” da simpatia, na mente dos agentes da lei, juízes e dos jurados.
No entanto, depois de tudo o que aconteceu, dos fatos apurados e de todo o trâmite até o início do julgamento; ninguém pode discordar que os acusados pela morte da menina (em especial o pai) estão profundamente mal assessorados em relação ao quesito “simpatia”.
Pode soar absurdo para alguns que alguém, acusado de um crime hediondo dessa natureza, deva parecer simpático. Mas, no direito (aqui ou lá fora) os advogados procuram sempre transformar a figura de seus clientes em algo mais “palatável” para o juiz e para os jurados (ou, até mesmo, para a opinião pública). É fato conhecido e comprovado que uma aparência combalida, triste (ou mesmo frágil) e uma postura menos “decidida” é sempre um item a ser considerado na defesa e pode render a conquista de um ou outro elemento do júri ou do próprio juiz. A função primordial da “simpatia” é plantar a dúvida ou “abrir uma porta” por onde ela possa entrar.
Quem está acostumado a acompanhar julgamentos (ou até simples reportagens policiais), mesmo não sendo profissional do direito, está familiarizado com a famosa “cara de inocente” que até os mais cruéis criminosos ou os presos em “flagrante delito” apresentam, na hora de enfrentar “o homem da capa preta” ou de ficar diante do “Dotor Delegado”. Isso nada mais é do que uma clara (ou descarada) estratégia de defesa. Como eu já disse antes, esse comportamento visa plantar a semente da dúvida, através do “vírus” da simpatia, na mente dos agentes da lei, juízes e dos jurados.
Contudo, no Caso Isabella Nardoni, tanto o pai (especialmente) quanto à madrasta têm-se mostrado extremamente confiantes, frios e até de certo modo arrogantes diante dos acontecimentos dramáticos que se sucedem e ameaçam suas vidas com uma ferocidade cada vez maior.
Desde o primeiro momento dos depoimentos, da apuração e da prisão; a impressão causada pela postura corporal e pela expressão facial (mais uma vez, especialmente do pai), marcava quem os via com a nítida impressão de que Alexandre Nardoni ia saltar sobre a assistência e atacar alguém. Sua esposa, Anna Carolina Jatobá, parecia estar passeando em um shopping ou “tomando um chá” no clube; tal a extrema naturalidade com que encarava e narrava os fatos possivelmente ocorridos no momento do crime e em relação à inocência do casal.
Nas entrevistas, nos depoimentos públicos e em cada aparição, o pai de Isabella sempre exibiu sua profunda e ameaçadora carranca, e a jovem madrasta sua cruel indiferença. Mesmo não sendo assim e, em realidade, seus corações e mentes estejam em polvorosa e ambos sejam realmente inocentes; a impressão que fica do casal é esta: frieza e antipatia extremas.
Por uma questão muito simples: Qual de nós poderia ouvir impassível, durante dois anos, que é o assassino cruel de uma criança, sem mostrar qualquer indignação, revolta ou mesmo desabar em um choro convulsivo? Qual de nós suportaria, inabalável, a indignidade de estar preso por dois anos, sendo inocente? Acho que, só isso, já seria suficiente para aquebrantar o mais frio e o mais compenetrado dos homens de bem. Ainda mais quando conhecemos as condições de vida nos cárceres brasileiros.
Basta um olhar atento (ou mesmo fugaz) para não perceber aquele sinal de desespero, aquela ruga de aflição ou aquela lágrima de indignação. Ao invés disso, vemos agressividade, indiferença e um estranho enfado. Exatamente por isso; assistir, após dois anos, a figura carrancuda e mal encarada de Alexandre Nardoni emergir do presídio e embarcar até o fórum, onde se encontraria com sua impassível esposa (que até cochilou no tribunal); é algo que surpreende e choca pela incapacidade dos advogados darem “um toque” em ambos a respeito disso (ainda mais quando um dos advogados é pai do acusado).
Culpados ou não, desse crime terrível, é algo que somente as provas e o júri determinarão. Entretanto, ambos os acusados já podem ser classificados como mestres na incrível e maravilhosa “arte de parecerem culpados”.
E você leitor, o que pensa disso?
Visão Panorâmica
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