sexta-feira, 26 de março de 2010

Proposta de legalização da maconha na Califórnia reúne assinaturas para ir a votação


SACRAMENTO, Estados Unidos - Uma iniciativa popular para legalizar o consumo "recreativo" de maconha na Califórnia conseguiu reunir o número de assinaturas necessárias para ir a votação em plebiscito junto com as eleições para governador, em novembro. Com quase 700 mil signatários, a proposta lançada pelo grupo Marijuana Policy Project, baseado em Washington, prevê que pessoas com mais de 21 anos possam portar até uma onça (medida equivalente a 28 gramas) e plantar a erva, desde que o cultivo não supere 2,3 metros quadrados.
Se a legalização for aprovada, o estado poderá ser o primeiro nos EUA a permitir o uso legal de maconha para fins não medicinais. Pela proposta, os usuários não poderão fumar na presença de menores de idade nem em áreas escolares. Também ficaria proibido dirigir depois de consumir a droga. Os governos locais decidiriam se a venda de maconha será permitida e se poderão ser cobrados impostos sobre sua comercialização. O grupo responsável pela proposta afirma que a legalização da maconha poderia gerar uma economia de US$ 200 milhões ao ano para a Califórnia ao reduzir gastos com saúde pública. Além disso, se fossem cobrados impostos, o comércio da droga reverteria para os cofres públicos mais de US$ 1,3 bilhão por ano em taxas.
Eram necessárias 433.971 para que a proposta fosse autorizada pela Secretaria de Estado a ir a votação em novembro. Segundo Marijuana Policy Project, a Califórnia foi, em 1996, o primeiro estado americano a liberar o consumo de maconha para uso médico, o que hoje seria autorizado por 14 estados no país. A droga é, no entanto, considerada ilícita sob as leis federais.


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