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quarta-feira, 24 de março de 2010
Declarações da defesa não condizem com o que está sendo exposto no julgamento
"Acho que a defesa está assistindo outro julgamento!!!" - Dr. Cembranelli
O blog do Caso Isabella Oliveira Nardoni posta informações sobre os depoimentos
Depoimento da Delegada
Vomito :
“A defesa também alega, por exemplo, que a delegada afirmou que a camisa de Alexandre tinha manchas de vômito de Isabella e o laudo da perícia não consegue atestar que se tratava de vômito da vítima.”
Esta informação não foi contraditoria, mas incompleta, de modo a fazer entender que a afirmação da delegada e o laudo pericial se contradizem. Porém, no depoimento de ontem, o médico-legista Paulo Sergio Tieppo afirmou que um dos sinais de esganadura que chamaram atenção dos legistas que fizeram a necropsia do corpo de Isa foi identificação de vômito nas narinas e no pulmão dela.
Quando se vê a informação completa, passa-se a entender a sua real importancia. Ora, se existia vomito na camisa de Alexandre e na narina de Isabella, não é demais concluir que o vomito é dela, ou vocês conhecem alguem que anda por aí vestindo uma camisa vomitada?
Outra questão muito alardeada pela defesa é o fato de que a delegada não teria periciado a chave que poderia ser o instrumento que feriu Isabella. A Dra Renata afirmou que em nenhum momento disse que a chave teria sido o instrumento que provocou a lesão na testa de Isabella. Ela usou “chave”, “anel”, como exemplos de instrumentos que poderiam ter ferido Isabella. Em um momento as pessoas que estavam assistindo chegaram a rir quando Podval estava tentando desmerecer o trabalho dela afirmando que não poderia ter deixado de periciar a chave e a delegada faz as seguintes colocações:
1) Com tantos vestigios de sangue no apto do casal que a defesa nega, rebate, não aceita, ela não é ingenua de achar que com o sangue na chave eles iriam assumir a culpa.
2) Mesmo se eles houvessem identificado sangue na chave, a acusação inventaria uma desculpa, como a de que a chave poderia ter caido em um dos locais no chao sujos de sangue.
3) Alguem acredita que o casal iria entregar exatamente a chave com que feriu Isabella sendo que até a roupa que usavam no dia foi entregue dias depois, lavadinha e passada?
4) No final, ela deixou claro que nunca afirmou ser uma chave o instrumento que feriu. A única certeza que se tem é que alguma coisa fez aquele corte na testa de Isabella e pela coagulação este corte ocorreu varios minutos antes da morte.
Outra ponto que localizamos na midia foi esta declaração de um dos advogados da defesa:
“Em determinado momento no relatório ela afirma que havia sangue de Isabella e o laudo não diz isso. O laudo de DNA não diz que havia sangue de Isabella. Isso ficou claro”, diz Raffaini. “Ela teria justificado que essa informação lhe foi passada informalmente pelos peritos.”
O laudo atesta de forma clara, objetiva e inequivoca que sangue de Isabella foi identificado por DNA em vários pontos, todos descritos nele. Fazer uma declaração vaga destas é, no minimo, irresponsabilidade.
Mais um ponto a ser destacado e explicado é o depoimento do perito baiano Luiz Eduardo Cardoso Dorea.
Este era uma das testemunhas mantidas em sigilo. Porem, este sigilo é para a imprensa. A defesa tem direito de saber o nome de todas as testemunhas. O que aconteceu foi que o perito tem o mesmo nome que um policial militar que foi uns dos primeiros a chegar no local do crime. Mesmo nós, quando vimos este nome “Luiz Cardoso” na lista de testemunhas, achamos se tratar do PM.
Qual não foi o susto da defesa quando ele adentrou o plenário.
O depoimento dele NÂO foi pra desqualificar o de Delma Gama, perita contratada pela defesa que fez um parecer tecnico tão ruim que nem esta sendo usado por eles. Este parecer não necessita de ser rebatido. O papel do perito lá foi explicar como a altura de Alexandre seria a única compativel com o formato das gotas de sangue encontradas.
Perguntado sobre o exame debaixo das unhas, o perito informa que não foi feito pois com certeza haveria material de Isa nas unhas do casal, pois é o natural em pessoas que estão cuidando das crianças no convivio familiar. O médico disse que o simples ato de fazer cócegas deixaria resíduos nas unhas da criança e do casal.
Referente à fratura da bacia, após estudo e conferência com outros profissionais, chegou-se a conclusão que a mesma não era condizente com a queda do sexto andar nem com queda da própria altura, pois a fratura era linear incompleta revelando que alguém a teria projetado contra o chão.Lesões da queda foram poucas e pouco exuberantes porque ocorreram no período perimortal , isso indica que ela já tinha os parametros vitais comprometidos.
Lesões do impacto do sexto andar foram as últimas provocadas, da asfixia e queda sentada são vitais ( ou seja com completo funcionamento dos orgãos vitais ) e precederam as outras e foram causas do comprometimento de funções vitais.
Certidão de óbito
O legista atesta que certidoes de obitos com causa morte indeterminadas são emitidas quando as causas ainda não podem ser determinadas ao tempo da necropsia.
Dr. Tieppo ainda frisou que conversou com a médica de plantão naquela noite e que ela informou que as manobras de ressucitação feitas em Isabella foram externas, não podendo ocasionar tais lesões na boca.
O médico por fim esclarece que a esganadura só ocasionaria fratura no osso hioide nos individuos adultos, pois so calcifica dos 25 aos 30 anos. Em crianças esta fratura é muito rara.
A acusação descobriu que a Dra Roselle, membro da equipe de Podval, usa o trabalho deste perito nos cursos que ela ministra SEM a autorização dele. Neste momento a Dra pediu desculpas para o perito, completamente sem graça, e disse que usa seu trabalho por reconhecer que ele é a maior autoridade no Brasil no assunto.
Não precisava falar mais nada.
No papel de quem foi ao julgamento para desqualificar as provas tecnicas identificadas pelos peritos do IC, a perita e advogada da equipe de Podval provou do próprio veneno.
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