O julgamento do casal Nardoni começa em São Paulo sem qualquer certeza. Mas a Polícia científica de São Paulo - considerada uma das melhores do país - conseguiu evidências que colocam o pai e a madrasta de Isabella como os únicos suspeitos de terem atirado a menina de cinco anos do apartamento onde moravam, no sexto andar de um edifício. A defesa do casal insiste na presença de uma terceira pessoa na cena do crime, mas os peritos acharam apenas pegadas do chinelo do pai sobre a cama, de onde teria jogado a menina. É um crime escabroso, sem dúvida. Atirar do alto de um prédio a própria filha é inimaginável para qualquer pessoa em sã consciência.
Se não fossem os fatos nebulosos levantados pelos peritos e pela polícia de São Paulo, o casal Nardoni poderia ter afirmado até que Isabella era sonâmbula, acordou no meio da noite e cortou a rede de proteção da janela e se sentou sobre o parapeito da janela, caindo.
Fora o fato de que não foi o pai quem chamou imediatamente a polícia após a queda da menina, os peritos encontraram as seguintes evidências que incriminam o casal Nardoni:
1) O rosto da menina foi limpo com uma fralda e uma toalha antes de ela ser jogada pela janela. A fralda e a toalha foram lavadas, mas a perícia encontrou marcas de sangue que constatou ser de Isabella. A madrasta é acusada de ter espancado a menina e depois tê-la esganado.
2) As marcas de sangue espalhadas na maçaneta de entrada e pelo corredor em direção ao quarto dos irmãos de Isabella indicam que caíram de uma altura de 1,25m, compatível com o tamanho do pai, carregando uma criança no colo.
3) Uma pegada do chinelo do pai na cama, que teria usado para se aproximar da janela, de onde ela foi jogada.
Antes mesmo que o julgamento termine, em cinco dias, tenho duas convicções sobre esse caso: os governos precisam investir cada vez mais numa polícia que produza provas técnicas e científica (se os acusados fossem pobres teriam sido torturados e confessado até o assassinato de Odete Roitman); e dois anos de prisão é pouco pela negligência do casal Nardoni, que custou a vida da menina.
Ainda que a polícia científica de São Paulo seja uma das melhores do país, o Caso Nardoni deve servir de exemplo para se investir ainda mais nesse tipo de polícia. Os estados deveriam ser obrigados por lei ou pelo Ministério da Justiça a investimentos auditados em polícia técnica.
Se não fossem os fatos nebulosos levantados pelos peritos e pela polícia de São Paulo, o casal Nardoni poderia ter afirmado até que Isabella era sonâmbula, acordou no meio da noite e cortou a rede de proteção da janela e se sentou sobre o parapeito da janela, caindo.
Fora o fato de que não foi o pai quem chamou imediatamente a polícia após a queda da menina, os peritos encontraram as seguintes evidências que incriminam o casal Nardoni:
1) O rosto da menina foi limpo com uma fralda e uma toalha antes de ela ser jogada pela janela. A fralda e a toalha foram lavadas, mas a perícia encontrou marcas de sangue que constatou ser de Isabella. A madrasta é acusada de ter espancado a menina e depois tê-la esganado.
2) As marcas de sangue espalhadas na maçaneta de entrada e pelo corredor em direção ao quarto dos irmãos de Isabella indicam que caíram de uma altura de 1,25m, compatível com o tamanho do pai, carregando uma criança no colo.
3) Uma pegada do chinelo do pai na cama, que teria usado para se aproximar da janela, de onde ela foi jogada.
Antes mesmo que o julgamento termine, em cinco dias, tenho duas convicções sobre esse caso: os governos precisam investir cada vez mais numa polícia que produza provas técnicas e científica (se os acusados fossem pobres teriam sido torturados e confessado até o assassinato de Odete Roitman); e dois anos de prisão é pouco pela negligência do casal Nardoni, que custou a vida da menina.
Ainda que a polícia científica de São Paulo seja uma das melhores do país, o Caso Nardoni deve servir de exemplo para se investir ainda mais nesse tipo de polícia. Os estados deveriam ser obrigados por lei ou pelo Ministério da Justiça a investimentos auditados em polícia técnica.
Jorge Antonio Barros
Nenhum comentário:
Postar um comentário