quinta-feira, 25 de março de 2010

Promotor diz que pedido de acareação


Francisco Cembranelli afirmou que convocação de testemunhas foi “sem sentido

O promotor Francisco Cembranelli definiu como “ato de desespero da defesa” uma possível acareação entre Ana Carolina Oliveira e os réus Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
O advogado Roberto Podval disse que vai definir após o interrogatório dos réus, que começa nessa quinta-feira (25), se entra ou não com pedido para o confronto de testemunhos. O defensor dos Nardoni disse que “vai avaliar o que é melhor para defesa”.
De acordo com Cembranelli, a mãe de Isabella deve permanecer confinada no fórum pelo menos até a quinta-feira. O promotor criticou a estratégia da defesa dizendo que o desempenho até agora foi fraco em vista da promessa de “desconstruir a acusação”.
- Me parece quer o desempenho [da defesa dos Nardoni] foi bastante pífio.
Sobre a dispensa da maior parte das testemunhas convocadas com exclusividade pela defesa, Cembranelli avaliou que a convocação foi sem sentido. Ele chamou de “coitadas” as testemunhas que focaram confinadas durante três dias e serão dispensadas.
O promotor afirmou que Ana Carolina Oliveira está “deprimida”, de acordo com o que lhe disse um médico de plantão do Tribunal de Justiça. Ele falou ainda que a mãe de Isabella mudou de sala para ficar perto do corpo médico caso precisasse de algum tipo de assistência.

Testemunhas dispensadas
No final desta tarde, a assessoria do Tribunal de Justiça informou que os advogados dos Nardoni ouviram apenas duas das dez testemunhas exclusivas de defesa e dispensaram todas as outras. A partir de agora, serão ouvidos os réus Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
Pouco tempo antes, a assessoria havia dito que a defesa do casal havia dispensado cinco testemunhas convocadas. Ao todo, tinham chamadas para depor pela equipe de Podval 17 pessoas. Seis delas já haviam sido dispensadas no primeiro dia de julgamento, na segunda-feira passada (22).
As duas testemunhas convocadas exclusivamente pelos advogados foram: o jornalista da Folha de S. Paulo Rogério Pagnan e o escrivão do 9º Distrito Policial Jair Stirbulov.
O jornalista Rogério Pagnan começou a depor no julgamento do caso Isabella por volta das 17h desta quarta-feira. Ele ouviu do pedreiro Gabriel Santos Neto, que fazia obras em uma casa nos fundos do edifício London, que o imóvel foi invadido na noite do crime. Mais tarde, o pedreiro negou a versão à polícia.
Na noite de terça-feira (23), Roberto Podval já havia manifestado a intenção de diminuir o número de testemunhas para acelerar o julgamento.

Passos seguintes
Após o interrogatório dos réus, pode haver leitura do processo se o pedido for feito. Em seguida, começam os debates entre acusação e defesa, com a fala do promotor Francisco Cembranelli. Ele pode defender sua tese por duas horas e meia. O advogado Roberto Podval terá direito a usar o mesmo tempo. Cembranelli pode decidir por uma réplica, também de duas horas. Havendo a réplica, passa-se à tréplica com a fala da defesa (duas horas).
Após o debate, os sete jurados se reúnem com o juiz, promotor e advogados na sala secreta para decidir o veredicto (absolvição ou condenação). Se houver condenação, o tempo da pena é determinado pelo juiz Maurício Fossen.


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