As lesões que a menina Isabella Nardoni sofreu antes de ser atirada pela janela do sexto andar do Edifício London deixaram-na "praticamente desacordada". Foi o que concluiu o médico-legista Paulo Sérgio Tieppo Alves - uma das três testemunhas ouvidas ontem no Tribunal do Júri -, no segundo dia do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Frio e ao mesmo tempo contundente, a exposição de Tieppo foi uma aula de medicina legal e, praticamente, demonstrou que as chances de uma terceira pessoa ter participado do assassinato da menina são remotas. "Ela foi esganada, teve ferimentos na cabeça e estava com marcas de unhas pelo corpo", disse.
O promotor Francisco Cembranelli classificou o depoimento dele como "brilhante" do ponto de vista técnico. Fotos da menina morta foram mostradas na ocasião. A avó materna de Isabella chegou a se retirar do plenário nesse momento. A mãe da garota, Ana Carolina Oliveira, não participou da sessão. A oitiva de Tieppo Alves durou quase três horas. "Tentaram calar Isabella", ressaltou o legista. Cembranelli fez e refez diversos questionamentos a ele. Para o médico, os ferimentos apresentados na menina - comprovados pelo exame cadavérico - nada teve a ver com a queda do apartamento. "Ela caiu praticamente desacordada", reiterou ele, que atua como colaborador no Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP).
Nardoni e Jatobá permaneceram estáveis durante as mais de nove horas que passaram no tribunal durante os trabalhos de ontem. Não demonstravam sinais de cansaço. Os sete jurados também apresentaram disposição durante as três oitivas do dia. Pela manhã, a primeira a depor diante do juiz Maurício Fossen foi a delegada e responsável pelo inquérito que apontou os Nardoni como autores do crime, Renata Pontes. Ela ressaltou detalhes do processo investigativo realizado no caso, porém, afirmou que "muitas perícias deixaram de ser feitas", pois quis concentrar os esforços "somente nos detalhes do casal".
O advogado de defesa questionou pontos considerados por ele como "importantes" no inquérito, como a não-realização de laudo pericial na chave do carro em que Isabella estava, que inicialmente foi apontada como um dos elementos do crime. Outro ponto questionável foi a não-realização de perícia em uma faca encontrada no apartamento, assim como a tesoura utilizada para cortar a rede de proteção da janela antes de Isabella ser atirada do sexto andar. Gotas de sangue que teriam sido encontradas no veículo do casal e no apartamento também tiveram laudos "evasivos", segundo a defesa.
O mesmo aconteceu com exames de DNA. Para o defensor Roberto Podval, houve "leituras equivocadas" no inquérito. "A defesa vai tentar gerar dúvidas na cabeça dos jurados", disse ao ser questionado pela imprensa o jurista Luiz Flávio Gomes, que tem acompanhado os trabalho no Tribunal do Júri como espectador.
Às 18h55 foi a vez do perito baiano Luiz Eduardo Dórea depor. Segundo a defesa do casal, mesmo não ter tido participado dos autos como testemunha, a oitiva dele "contribuiu" com o processo. Segundo apurou o Cruzeiro do Sul, Carvalho foi citado nos autos por sua participação em outros processos, como um especialista em análises criminais. A delegada Renata Pontes permaneceu no Fórum Regional de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Por solicitação da defesa, o juiz Fossen não a deixou sair do local. Ela poderia ser chamada para confrontar dados apontados no inquérito com as provas indicadas pelo legista Tieppo Alves. Mas isso não aconteceu ontem .
O promotor Francisco Cembranelli classificou o depoimento dele como "brilhante" do ponto de vista técnico. Fotos da menina morta foram mostradas na ocasião. A avó materna de Isabella chegou a se retirar do plenário nesse momento. A mãe da garota, Ana Carolina Oliveira, não participou da sessão. A oitiva de Tieppo Alves durou quase três horas. "Tentaram calar Isabella", ressaltou o legista. Cembranelli fez e refez diversos questionamentos a ele. Para o médico, os ferimentos apresentados na menina - comprovados pelo exame cadavérico - nada teve a ver com a queda do apartamento. "Ela caiu praticamente desacordada", reiterou ele, que atua como colaborador no Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP).
Nardoni e Jatobá permaneceram estáveis durante as mais de nove horas que passaram no tribunal durante os trabalhos de ontem. Não demonstravam sinais de cansaço. Os sete jurados também apresentaram disposição durante as três oitivas do dia. Pela manhã, a primeira a depor diante do juiz Maurício Fossen foi a delegada e responsável pelo inquérito que apontou os Nardoni como autores do crime, Renata Pontes. Ela ressaltou detalhes do processo investigativo realizado no caso, porém, afirmou que "muitas perícias deixaram de ser feitas", pois quis concentrar os esforços "somente nos detalhes do casal".
O advogado de defesa questionou pontos considerados por ele como "importantes" no inquérito, como a não-realização de laudo pericial na chave do carro em que Isabella estava, que inicialmente foi apontada como um dos elementos do crime. Outro ponto questionável foi a não-realização de perícia em uma faca encontrada no apartamento, assim como a tesoura utilizada para cortar a rede de proteção da janela antes de Isabella ser atirada do sexto andar. Gotas de sangue que teriam sido encontradas no veículo do casal e no apartamento também tiveram laudos "evasivos", segundo a defesa.
O mesmo aconteceu com exames de DNA. Para o defensor Roberto Podval, houve "leituras equivocadas" no inquérito. "A defesa vai tentar gerar dúvidas na cabeça dos jurados", disse ao ser questionado pela imprensa o jurista Luiz Flávio Gomes, que tem acompanhado os trabalho no Tribunal do Júri como espectador.
Às 18h55 foi a vez do perito baiano Luiz Eduardo Dórea depor. Segundo a defesa do casal, mesmo não ter tido participado dos autos como testemunha, a oitiva dele "contribuiu" com o processo. Segundo apurou o Cruzeiro do Sul, Carvalho foi citado nos autos por sua participação em outros processos, como um especialista em análises criminais. A delegada Renata Pontes permaneceu no Fórum Regional de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Por solicitação da defesa, o juiz Fossen não a deixou sair do local. Ela poderia ser chamada para confrontar dados apontados no inquérito com as provas indicadas pelo legista Tieppo Alves. Mas isso não aconteceu ontem .
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