
Muito bonitinha a tal da boneca que a Jailbreak Toys (a mesma que faz os Obaminhas que eu mostrei no post de DC no outono) está lançando em homenagem à primeira-dama Michelle Obama. Vem com três modelitos diferentes (o da foto é o vestido púrpura que ela vestiu quando Obama foi confirmado como candidato democrata). A idéia é bacana para aumentar a auto-estima de uma população negra americana que, apesar dos avanços, continua na base da pirâmide social e enchendo os presídios do país. Especialmente as mulheres negras, frequentemente vítimas de violência doméstica e tal. Para as meninas negras, é um referencial e tanto.
Mas racismo, nos EUA, é uma doença bem mais infecciosa do que imaginam os bem intencionados e os estrangeiros de um modo geral se você não mora aqui. E é visível não apenas nos discursos rotos de palhaços reacionários como Rush Limbaugh (o Post de hoje traz uma excelente reportagem dizendo que os jogadores negros do St Louis Rams recusaram a participação de Limbaugh num grupo que pretendia comprar o time).
Veja-se o caso recente (também na primeira página do Post) da eleição de Nikole Churchill como Rainha da Universidade Hampton, em Virgínia (ai, Virgínia...) na semana passada. Hampton é uma histórica universidade para negros que, com o tempo, acabou recebendo brancos que não tinham condições de pagar por universidades de primeira linha (dominada por brancos, lcaro). A primeira tarefa de Nikole: levar sua claque para dar uma força no jogo de futebol entre o time da Hampton e de outra universidade tradicionalmente negra nos EUA, a Howard.
Nada disso seria prob

Obama não respondeu, mas o episódio dá bem o tom da calmaria de superfície que existe neste país em qualquer tipo de assunto. E a intolerância (disfarçada ou escancarada) que ainda reina nas profundezas. Acima, Nikole e as outras candidatas derrotadas no concurso da Hampton.
Gilberto Scofield
NO IMPÉRIO
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