RIO - Você já definiu sua programação para o Dia das Crianças? É quase certo que, se os pequenos forem consultados, um lanche numa fast-food fará parte do roteiro de amanhã. Resistir aos apelos pelos lanches rápidos e os brindes é, no mundo inteiro, quase sempre muito difícil para os pais. Não foi à toa que a Consumers International (CI), entidade com 220 organizações associadas mundo afora, decidiu testar o valor nutricional e as estratégias de marketing das redes de fast-food em 14 países, em três continentes (Europa, Ásia e América Latina). O resultado é assustador: o percentual de sal de um desses lanches infantis analisados no Brasil, por exemplo, pode representar mais que o dobro do recomendado para o consumo em um dia para crianças de 7 a 10 anos de idade.
O levantamento faz parte de uma campanha mundial da CI, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pela criação de uma regulamentação internacional para o marketing de comidas e bebidas consideradas pobres em nutrientes e ricas em calorias, açúcar, gorduras e sal para crianças. O movimento é desenvolvido paralelamente a campanhas pela melhora dos padrões nutricionais dos produtos. Ambas as ações visam a reduzir os índices de obesidade, considerada uma epidemia mundial. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que 30% das crianças têm sobrepeso e metade é obesa.
- A pesquisa da CI mostrou como as informações se dão de formas distintas, de acordo com as regulamentações dos países. Há limite de eficácia das autorregulamentações. É preciso que haja uma decisão governamental para um padrão de alimento saudável. Restrição à publicidade não é censura. Queremos destacar a responsabilidade social dos fornecedores para a formação de um padrão saudável de alimentação, na composição nutricional dos produtos e no marketing - diz Lisa Gunn, coordenadora-executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), responsável pela pesquisa no Brasil.
Em países desenvolvidos, restrições existem há uma década
O levantamento foi feito em Argentina, Brasil, República Tcheca, Dinamarca, Fiji, Índia, Itália, Coreia do Sul, Malásia, Holanda, Peru, Cingapura, Espanha e Reino Unido. No Brasil, além de McDonald's e Burger King, testados mundialmente, o levantamento incluiu as redes Bob's (pertencente à multinacional KFC, testada em outros países), Giraffas e Habib's. A pesquisa - disponível neste link - mostra que os menus infantis apresentam altíssimos níveis de gorduras totais e saturadas e de sódio.
Por outro lado, o estudo revela a ampliação de ofertas saudáveis pelas redes de fast-food - fato destacado pelo McDonald's em resposta à consulta feita por esta coluna a todas as redes. O McDonald's acrescentou que seus lanches estão adequados a uma dieta saudável e que há 60 combinações de McLanche Feliz, 83% delas com menos de 600 calorias.
O Idec vai divulgar os resultados do levantamento em uma mesa-redonda no Dia Mundial da Alimentação, na próxima sexta-feira, em São Paulo. Com o tema "Mudanças nos hábitos de consumo de alimentos e saúde", o evento é uma parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa), da Unicamp.
- O objetivo é chamar atenção para a segurança alimentar. Boa parte dos alimentos hoje é consumida fora de casa. O gasto em alimentação fora de casa, no Brasil, já se aproxima do padrão americano, 40%. No Rio, a média é de 33%. E com a redução do peso dos alimentos no orçamento das famílias, abriu-se mais espaço para o consumo dos supérfluos - analisa Walter Belik, coordenador do Nepa. - Queríamos que leis, como a do fumo, fossem aplicadas à alimentação, com alertas sobre os riscos à saúde. A questão é que o alimento não é tão mortífero, mas a longo prazo traz graves problemas à saúde pública.
O levantamento faz parte de uma campanha mundial da CI, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pela criação de uma regulamentação internacional para o marketing de comidas e bebidas consideradas pobres em nutrientes e ricas em calorias, açúcar, gorduras e sal para crianças. O movimento é desenvolvido paralelamente a campanhas pela melhora dos padrões nutricionais dos produtos. Ambas as ações visam a reduzir os índices de obesidade, considerada uma epidemia mundial. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que 30% das crianças têm sobrepeso e metade é obesa.
- A pesquisa da CI mostrou como as informações se dão de formas distintas, de acordo com as regulamentações dos países. Há limite de eficácia das autorregulamentações. É preciso que haja uma decisão governamental para um padrão de alimento saudável. Restrição à publicidade não é censura. Queremos destacar a responsabilidade social dos fornecedores para a formação de um padrão saudável de alimentação, na composição nutricional dos produtos e no marketing - diz Lisa Gunn, coordenadora-executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), responsável pela pesquisa no Brasil.
Em países desenvolvidos, restrições existem há uma década
O levantamento foi feito em Argentina, Brasil, República Tcheca, Dinamarca, Fiji, Índia, Itália, Coreia do Sul, Malásia, Holanda, Peru, Cingapura, Espanha e Reino Unido. No Brasil, além de McDonald's e Burger King, testados mundialmente, o levantamento incluiu as redes Bob's (pertencente à multinacional KFC, testada em outros países), Giraffas e Habib's. A pesquisa - disponível neste link - mostra que os menus infantis apresentam altíssimos níveis de gorduras totais e saturadas e de sódio.
Por outro lado, o estudo revela a ampliação de ofertas saudáveis pelas redes de fast-food - fato destacado pelo McDonald's em resposta à consulta feita por esta coluna a todas as redes. O McDonald's acrescentou que seus lanches estão adequados a uma dieta saudável e que há 60 combinações de McLanche Feliz, 83% delas com menos de 600 calorias.
O Idec vai divulgar os resultados do levantamento em uma mesa-redonda no Dia Mundial da Alimentação, na próxima sexta-feira, em São Paulo. Com o tema "Mudanças nos hábitos de consumo de alimentos e saúde", o evento é uma parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa), da Unicamp.
- O objetivo é chamar atenção para a segurança alimentar. Boa parte dos alimentos hoje é consumida fora de casa. O gasto em alimentação fora de casa, no Brasil, já se aproxima do padrão americano, 40%. No Rio, a média é de 33%. E com a redução do peso dos alimentos no orçamento das famílias, abriu-se mais espaço para o consumo dos supérfluos - analisa Walter Belik, coordenador do Nepa. - Queríamos que leis, como a do fumo, fossem aplicadas à alimentação, com alertas sobre os riscos à saúde. A questão é que o alimento não é tão mortífero, mas a longo prazo traz graves problemas à saúde pública.
Aqui nas escolas são proibidos alimentos que sejam fritos, no entanto, uma destas instituições tem uma franquia da loja "Pão de Queijo" e o best sellers de venda: Folhados.
ResponderExcluirEsses educadores de educados não têm nada!
Está sabendo da blogagem coletiva agendada para o dia 15, dia do professor?
Quem organiza é o blogue ponderantes. Se interessar, tem um banner na coluna lateral do "Luz de Luma"
O tema pode ser explorado dentro da visão de cada blogger. Talvez um paralelo daquilo que era um professor com o profissional que se apresenta hoje. Quais os exemplos que uma criança levará para o futuro. Enfim, está feito o convite.
Feliz dia das crianças!