domingo, 11 de outubro de 2009

Ong controlada pela Iurd teria desviado recurso de deficientes



Integrantes da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) são suspeitos de desviarem recursos de uma entidade de assistência de portadores de deficiência mental, a Sociedade Pestalozzi de São Paulo.

Em novembro de 2008, a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu à Justiça Federal de São Paulo o bloqueio dos bens dessa entidade não governamental para garantir a devolução de R$ 800 mil que foram liberados por emendas de parlamentares. A informação é da Folha.
A Igreja Universal nega que haja ligação entre ela e a ong, mas as gestações da Pestalozzi desde 1993 são compostas por líderes da igreja.
Atualmente, a Pestalozzi é presidida por Márcia Aparecida Rocha (foto), mulher do bispo José Rocha. A primeira vice-presidente é Ana Cláudia Raposa, mulher de Alexandre Raposo, presidente da TV Record. Rosana Gonçalves da Oliveira, primeira secretária, é mulher do bispo Honorilton Gonçalves, vice-presidente da emissora de televisão. Denise Justo Dias é tesoureira da ong e também da Igreja Universal.
Os desvios de dinheiro, segundo a AGU, ocorreram na gestão 2003-2005, de Graciene Conceição Pereira, mulher do bispo Ademar Gonçalves, e na 2003-2005, de Marilene da Silva e Silva, mulher do bispo Ramos da Silva.
O juiz da 24ª Vara Cível Federal, Victorio Giuzio Neto, notificou dirigentes e funcionários da ong para que apresentem uma defesa preliminar.
Os notificados terão esclarecer o destino do dinheiro liberado por emendas de parlamentares ligadas à Iurd, como a de R$ 300 mil, do então deputado Bispo Wanderval, a de R$ 60 mil, de Edna Macedo, irmã do bispo Edir, e a de R$ 120 mil, do deputado Marco Abramo.
Em 2006, auditores do Ministério da Saúde constataram que a Pestalozzi comprou ambulâncias a preços acima do de mercado, além de apresentar informações falsas sobre gastos com funcionários.

A entidade nega que tenha cometido irregularidades.



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