O tempo de aplicar a diplomacia no caso Goldman acabou. O Senado americano anunciou ontem que vai suspender o projeto que estende por um ano um programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras.
Na teoria, a idéia do senador Frank Lautenberg (D-NJ) propõe suspender por tempo indeterminado o Sistema Geral de Preferências que permite que o Brasil exporte anualmente cerca de 10% de tudo o que vende para os Estados Unidos. Na prática, todo cidadão brasileiro será castigado pela demora em resolver judicialmente uma questão que não deveria durar mais do que seis semanas, como prevê a Convenção de Haia. Ontem, o governo dos EUA lançou nota dizendo estar “decepcionado” pelo fato de que Sean não poderá estar com o pai.
Por outro lado, o governo brasileiro está trabalhando para dar fim legal ao caso Goldman. A Advocacia-Geral da União entrou na sexta-feira, 18, com Mandado de Segurança no Supremo para questionar a decisão do ministro Marco Aurélio. A AGU sempre foi a favor de cumprir os tratados internacionais que o Brasil assinou.
No Rio de Janeiro, a família brasileira de Sean fala em conciliação. Enquanto o advogado Sergio Tostes se diz pronto para negociar, a avó brasileira diz que convidou David Goldman a passar Natal com a família no Rio.
“Quer ter um encontro fora da casa? Vamos examinar. Quer ter na casa do cônsul americano? Vou examinar," afirmou Tostes, segundo o jornal “Folha de S.Paulo.”
Mas, ainda segundo o jornal paulista, quando foi questionado sobre se a família brasileira deixaria o garoto passar o Natal nos EUA, Tostes foi cauteloso.
“A família quer o melhor para a criança, mas evidente que há cautelas a serem tomadas. O que a família não concorda é que o menino seja levado a força daqui [do Brasil]," disse.
David Goldman permanece no Brasil, e já chegou a implorar para que permitam que Sean retorne com ele para os EUA. “Estou de joelhos, implorando para meu filho voltar para casa, implorando por Justiça. Por que é tão difícil?,” questionou.
Em Nova Jersey, os apoiadores de David Goldman também estavam decepcionados porque pela segunda vez um recurso impediu a volta do menino americano.
“Precisamos ter cautela nesse momento, mas os advogados sabem bem como proceder adiante. O importante é que todos saibam que o David não vai desistir nunca,” disse Mark D’Angelis, um dos criadores do site Bring Sean Home.
Na quinta-feira, 17, foi publicado um desenho de Sean Goldman endereçado ao presidente Lula, em que o garoto diz querer “ficar no Brasil pra sempre,” e assina em cima como “Sean Bianchi.”
Há poucos dias do Natal, o caso Goldman pode estar na reta final. Na segunda-feira, o mandado da AGU segue para apreciação (possivelmente do ministro Cézar Peluso), e pode determinar o retorno imediado do menino aos EUA.
Mas a pergunta que fica é a seguinte: você acha que é justo cada cidadão brasileiro pagar um preço pela indecisão da Justiça brasileira?
Na teoria, a idéia do senador Frank Lautenberg (D-NJ) propõe suspender por tempo indeterminado o Sistema Geral de Preferências que permite que o Brasil exporte anualmente cerca de 10% de tudo o que vende para os Estados Unidos. Na prática, todo cidadão brasileiro será castigado pela demora em resolver judicialmente uma questão que não deveria durar mais do que seis semanas, como prevê a Convenção de Haia. Ontem, o governo dos EUA lançou nota dizendo estar “decepcionado” pelo fato de que Sean não poderá estar com o pai.
Por outro lado, o governo brasileiro está trabalhando para dar fim legal ao caso Goldman. A Advocacia-Geral da União entrou na sexta-feira, 18, com Mandado de Segurança no Supremo para questionar a decisão do ministro Marco Aurélio. A AGU sempre foi a favor de cumprir os tratados internacionais que o Brasil assinou.
No Rio de Janeiro, a família brasileira de Sean fala em conciliação. Enquanto o advogado Sergio Tostes se diz pronto para negociar, a avó brasileira diz que convidou David Goldman a passar Natal com a família no Rio.
“Quer ter um encontro fora da casa? Vamos examinar. Quer ter na casa do cônsul americano? Vou examinar," afirmou Tostes, segundo o jornal “Folha de S.Paulo.”
Mas, ainda segundo o jornal paulista, quando foi questionado sobre se a família brasileira deixaria o garoto passar o Natal nos EUA, Tostes foi cauteloso.
“A família quer o melhor para a criança, mas evidente que há cautelas a serem tomadas. O que a família não concorda é que o menino seja levado a força daqui [do Brasil]," disse.
David Goldman permanece no Brasil, e já chegou a implorar para que permitam que Sean retorne com ele para os EUA. “Estou de joelhos, implorando para meu filho voltar para casa, implorando por Justiça. Por que é tão difícil?,” questionou.
Em Nova Jersey, os apoiadores de David Goldman também estavam decepcionados porque pela segunda vez um recurso impediu a volta do menino americano.
“Precisamos ter cautela nesse momento, mas os advogados sabem bem como proceder adiante. O importante é que todos saibam que o David não vai desistir nunca,” disse Mark D’Angelis, um dos criadores do site Bring Sean Home.
Na quinta-feira, 17, foi publicado um desenho de Sean Goldman endereçado ao presidente Lula, em que o garoto diz querer “ficar no Brasil pra sempre,” e assina em cima como “Sean Bianchi.”
Há poucos dias do Natal, o caso Goldman pode estar na reta final. Na segunda-feira, o mandado da AGU segue para apreciação (possivelmente do ministro Cézar Peluso), e pode determinar o retorno imediado do menino aos EUA.
Mas a pergunta que fica é a seguinte: você acha que é justo cada cidadão brasileiro pagar um preço pela indecisão da Justiça brasileira?
Eduardo Oliveira
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