ORLANDO - Durante o voo em que levava o filho Sean Goldman, de 9 anos, para os Estados Unidos, o americano David Goldman, disse que vai permitir que a avó brasileira visite o menino, ainda que isso leve tempo. A declaração foi feita durante uma entrevista de Davis á rede de televisão NBC, que fretou o avião para a viagem dos dois, e fez imagens do voo. As imagens da rede NBC mostram Sean dormindo e o pai dando um beijo no garoto.
- Meu pequeno garoto está dormindo calmamente. Estamos a caminho (de casa). Meu coração está se derretendo. Eu o amo - disse Goldman.
A matéria da rede americana ressalta que Sean fez uma viagem calma, ao contrário do que foi a saída do menino do Brasil. No avião, David disse ao repórter que quer retomar a vida como há cinco anos atrás.
Segundo deputado americano Chris Smith, que viajou com os dois, pai e filho pareciam felizes pelo encontro. De acordo com Smith, além de dormir o garoto brincou com quebra-cabeças durante a viagem.
Pai e filho desembarcaram no aeroporto de Orlando, na Flórida, e seguiram para a Disney. Depois, eles devem ir para a casa dos avós em Nova Jersey.
A preocupação de todos agora é com a adaptação do menino. Alguns sites americanos publicaram matérias sobre os possíveis problemas psicológicos que Sean poderá enfrentar no seu retorno aos Estados Unidos .
Especialistas em desenvolvimento de crianças receiam que a longa batalha internacional pela guarda do menino terá fortes consequências.
Sean e o pai partiram do Brasil por volta das 11h45m (horário de Brasília) , três horas depois que os familiares brasileiros entregaram o menino ao pai, no consulado americano, no Rio de Janeiro. Ainda na representação dos EUA, Smith disse que Sean parecia feliz quando se encontrou com o pai.
- Tão logo encontraram-se, estavam sorrindo, abraçando-se. Pareciam melhores amigos -disse Smith.
Sean chegou ao consulado com vários de seus familiares brasileiros, que tiveram que abrir caminho entre dezenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Seu pai, o americano de Nova Jersey, o esperava dentro do prédio. Depois de cinco anos de processos judiciais e apelações, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, decidiu que Sean deveria ser entregue ao pai biológico ( relembre o caso Sean ).
Sean ficou assustado com a movimentação em frente ao consulado e chorou, abraçado ao padrasto. Foi preciso que os seguranças abrissem o caminho até a entrada do edifício, localizado no Centro do Rio de Janeiro.
A avó materna de Sean, Silvana Bianchi, disse chorando que este "é um momento muito difícil".
Globo
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