terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PESQUISA: autor de violência doméstica tem ligação próxima com a vítima


A Lei Maria da Penha instituiu direitos, mas ainda não conseguiu erradicar a violência doméstica dos lares brasileiros. As mulheres continuam sendo vitimizadas, quase sempre por companheiros que juraram amá-las e protegê-las nos bons e maus momentos.
Levantamento feito pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres revela que a maioria das mulheres que buscaram a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) entre 2007 e 2009 é negra (43,3%), tem entre 20 e 40 anos (56%), está casada ou em união estável (52%) e possui nível médio (25%). Os dados foram divulgados no dia 25 de novembro com base nas denúncias recebidas entre 2007 e 2009.
A pesquisa aponta ainda que a maioria das denúncias recebidas pela central - 93% - é feita pelas próprias vítimas. A maioria dos casos (78%) é de crimes de lesão corporal leve e ameaça. A metade dos agressores são cônjuges das vítimas e 33% vivem com a vítima há mais de dez anos. Entre as vítimas, 69% relatam sofrer agressões diárias dos parceiros.
O número de casos não é pequeno e ainda é considerado baixo porque muitas mulheres, por medo, ameaça ou dependência financeira dos cônjuges não registram a denúncia. Segundo a secretaria, nesse período, foram registradas 86.844 denúncias de violência. Dessas, 53.120 foram de violência física, 23.878 de violência psicológica, 6.525 de violência moral, 1.645 de violência sexual, 1.226 de violência contra patrimônio, 389 de cárcere privado e 61 de tráfico de mulheres.
Para diminuir a violência doméstica na cidade de São Paulo, a prefeitura lançou uma cartilha com dicas e orientações ensinando a mulher a se proteger dos maus tratos. Há instruções sobre rotas de fuga e dicas para evitar agressões em casa, como gritar por fogo ao invés de socorro, manter reserva de dinheiro, ter cópias de documentos em local seguro etc.

Jornal Cidade de Rio Claro

Seminário debate enfrentamento à Violência Contra as Mulheres

A ONG Cidadania Feminina realiza o Seminário Enfrentando a Violência na tarde desta terça-feira (22). No evento serão apresentados os resultados da experiência do Apitaço pelo Fim da Violência Contra as Mulheres nas comunidades do Recife. O seminário começa às 14h, no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), em Santo Amaro, Zona Norte do Recife.

Na programação, haverá apresentação de vídeo com depoimentos das mulheres que participaram do Apitaço. Durante o ano, as mulheres também realizaram visitas à Delegacia da Mulher em Santo Amaro e no Centro de Referência Clarice Lispector. De acordo com as realizadoras a ação passou a inibir os agressores nas comunidades e fortaleceu os grupos de mulheres.

De acordo com O Fórum de Mulheres de Pernambuco, com base nos números apresentados pela Secretaria de Defesa Social, registrou, preliminarmente, até 22 de novembro deste ano, 291 mulheres foram assassinadas em Pernambuco. Foi revelado o aumento de 6,8% no número de homicídios que vitimou mulheres em Pernambuco quando comparados dados referentes aos períodos de janeiro a outubro dos anos de 2008.

Apitaço
O Apitaço é uma ação que utiliza o apito para inibir o agressor e fortalecer a mulher em situação de violência. Em 2009 a experiência alcançou mais oito comunidades do Recife, entre eles o Ibura, Campo Grande, Sitio dos Pintos.

Globo.com

Um comentário:

  1. pq tanta crueldade com animai e pessoas so todos nos dependemos de todos

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