domingo, 21 de março de 2010

Defesa dos Nardoni tentará convencer jurados que havia terceira pessoa na cena do crime


SÃO PAULO - A defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá vai tentar desqualificar as provas técnicas colhidas pela polícia paulista para inocentar o casal, pai e madrasta de Isabella Nardoni, 5 anos, morta em 29 de março de 2008. Durante o julgamento no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, marcado para 13h desta segunda-feira, a tarefa de tentar derrubar essas provas caberá a Roselle Soglio, professora de Direito Penal e coordenadora de pós-graduação em perícias criminais da Faculdade de Direito Professor Damásio de Jesus. A defesa alega que o casal já está praticamente condenado pela opinião pública.
Roselle diz que as pessoas não aceitam que havia uma terceira pessoa no apartamento, mas ela afirma que era bem possível que o assassino já estivesse no local quando o casal chegou. O crime teria sido motivado por vingança ou desconentamento.
- Analisei tecnicamente os laudos e me deparei com muitos problemas. O IC é o maior instituto da América Latina e um dos melhores do mundo, mas pode ter falhado - acrescenta.
Nesta semana, Alexandre e Ana Carolina receberam a visita e a orientação do advogado de defesa.
- O que posso dizer é que estão como qualquer pessoa que se sente injustiçado, pré-condenados e está presa. Ansiosos, numa expectativa enorme - diz Roberto Podval, advogado de defesa.
Roselle contesta o atestado de óbito de Isabella, que aponta diferença sobre o primeiro laudo apresentado pelo IC duas semanas depois do crime, e a acusação de que existia sangue da menina no interior do veículo do casal, um Ford Ka. Segundo a perícia, o sangue estaria na cadeirinha que transportava o filho menor de Alexandre e Anna Carolina. Roselle diz que foi constatado que havia sangue humano, mas não se conseguiu levantar o perfil exato do DNA:
- O reagente pode ser de qualquer fluido corporal, lágrima ou saliva, que também ajudam a determinar o DNA. Isso significa que não necessariamente foi encontrado sangue de Isabella na cadeirinha.
A promotoria vai sustentar a acusação contra o casal com um vídeo do Instituto de Criminalística (IC) sobre os trabalhos dos peritos. O promotor Francisco Cembranelli contará com o auxílio de uma maquete do prédio e do apartamento onde a família morava.
- Temos um laudo microscópico feito de maneira eficiente pelo IML e perícias já coordenadas pelo IC que nos permitiram a visualização panorâmica dos episódios - afirma Francisco Cembranelli, promotor de Justiça que fará a acusação.
A intenção é explicar detalhadamente as provas aos jurados. Quarenta - pessoas foram sorteadas - 23 mulheres e 17 homens. Nesta segunda, sete serão sorteadas para intrar o júri.
- Estive presente ao interrogatório de ambos. Eu disse que eu ia provar, indicar que eles eram culpados e eu desempenharia meu papel e que eles seriam processados. Eles apenas me olharam, não me responderam nada - diz o promotor Cembranelli.
Acusação e defesa passaram a semana debruçados no caso Isabella. Na última quarta-feira, o desembargador Luís Soares de Mello, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou habeas corpus à defesa do casal, que pretendia adiar o julgamento. O magistrado disse que o pedido de Roberto Podval tinha "nítido caráter protelatório".
Apesar do interesse pelo julgamento, o acesso ao tribunal será restrito. Apenas 77 pessoas estão autorizadas a participar do júri. Vinte lugares foram reservados para jornalistas. O restante será ocupado por convidados, parentes dos réus e da vítima. A ideia é manter o ambiente livre de pressões externas que possam influenciar jurados.
O casal está preso desde maio de 2008. No presídio José Augusto César Salgado, para onde Alexandre foi levado, ficam também outros presos envolvidos em casos de grande repercussão, como Daniel e Cristian Cravinhos, condenados pela morte do casal Richtofen, e Lindemberg Alves, que responde pelo assassinato da adolescente Eloá Pimentel.
Alexandre divide uma cela de 12 metros quadrados com outros dois presos e passa parte do dia trabalhando: recolhe roupas sujas e leva para a lavanderia da penitenciária.
Ana Carolina está na cadeia feminina de Tremembé. Segundo os carcereiros, ela tem um bom relacionamento com as outras detentas e desde que foi presa lê a bíblia todos os dias. Seu trabalho seria ajudar na cozinha.

Globo

Mãe de Isabella Nardoni pede justiça em carta enviada à Band
Em carta enviada à equipe da TV Bandeirantes, Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, clama por justiça.
“Deixo aqui a minha eterna gratidão e um beijo enorme no coração de cada um de vocês que, assim como eu, esperam que a justiça seja feita!”, escreve, de própria punho, no final das últimas 41 linhas da carta.
“Estou perto de um dos momentos mais difíceis da minha vida”, declara. Na próxima segunda-feira, em São Paulo, começa o julgamento dos acusados pela morte de Isabela, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, madrasta e pai da menina.

Batalha do Ibope

2 comentários:

  1. Tá se vendo pela cara e brabeza da sujeita como ela é boazinha.
    Agora ive com a Bíblia pendurada.
    CONDENADA vai ser mesmo.

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  2. Qual será a 3ª, a titia ou o vovô?
    Brincadeira!
    A palhaçada continua.

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