O exame de dosagem alcoólica feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Paraná na amostra de sangue do deputado, de 26 anos, comprovou que ele estava embriagado na madrugada do acidente que matou dois jovens em Curitiba. De acordo com o resultado, divulgado no fim da manhã desta segunda-feira pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, quase quatro vezes o nível considerado tolerável pela legislação de trânsito.
Para o Código de Trânsito, Artigo 306, 6 decigramas já são considerados crime, com abertura de processo penal, e o nível tolerado é de 2 decigramas de álcool por litro de sangue.
O deputado Luis Accorsi (PSDB) afirmou que a Assembleia está sensibilizada com os fatos, mas cumprirá todo o trâmite legal e do regimento antes de tomar qualquer decisão. O prazo para que a Corregedoria se manifeste é de 30 dias. O relatório da Corregedoria seguirá então para a Mesa Diretora, que vai decidir se encaminha ou não ao Conselho de Ética, que terá então mais 30 dias para ouvir os envolvidos no episódio.
- Houve um clamor social e popular muito grande, uma pressão grande em torno do caso. Estamos agindo dentro da legalidade e do que é justo e esta é a nossa determinação - afirmou o deputado Pedro Ivo (PT), da Comissão de Ética.
O sangue examinado pelo IML foi coletado pelo Hospital Evangélico para exames clínicos. A Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) solicitou o exame de dosagem alcoólica. Segundo informações contidas no inquérito, o sangue teria sido colhido cerca de duas horas depois de o deputado ter deixado o restaurante em que estava antes do acidente, ocorrido em 7 de maio.
- Hoje é possível afirmar com 100% de certeza que o deputado estava sob influência alcoólica no momento da colisão - disse o delegado Armando Braga de Moraes Neto, da Dedetran.
O pedido de cassação, por quebra de decoro parlamentar, foi apresentado pela família de uma das vítimasNeste fim de semana, os pais do deputado divulgaram fotos dele no hospital. O pai do deputado, Fernando Ribas Carli (PP) - prefeito licenciado de Guarapuava - negou que tenha tentado impedir a atuação das autoridades responsáveis pelas investigações.
- Se for culpado, tem que ser responsabilizado - disse.
Carli Filho estava com a carteira de habilitação suspensa e tinha mais de 130 pontos em multas, várias por excesso de velocidade. Especialistas afirmam que o carro do deputado estava a pelo menos 150 km por hora.
Ribas Carli negou que o deputado tenha sido transferido para São Paulo no avião particular do governador Roberto Requião.
- Quem contratou o serviço de remoção foi meu concunhado, que, inclusive, pagou com o cartão de crédito dele. Tivemos apenas uma visita que nos sensibilizou muito, que foi a do governador - afirmou.
A mãe do parlamentar, Ana Rita Slaviero Carli, afirmou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, disse que a família não vai "passar a mão" na cabeça de Carli Filho. "Tenho pensado: Onde é que nós erramos? Você cria um filho, faz tudo por ele, ensina os primeiros passos e, de repente, você se vê envolvida numa tragédia dessa, numa dor dessa, aonde a vida para."
O deputado está internado no Hospital Albert Einstein desde o último dia 10 e foi submetido na quinta-feira a uma cirurgia para correção das lesões na face e no crânio.
O deputado não foi submetido a exame de dosagem alcoolica no dia do acidente. Apenas no último sábado, após a repercussão do caso, a amostra retirada no Hospital Evangélico, onde ele foi atendido inicialmente, foi encaminhada para exame. O resultado deve sair em 15 dias.
Na madrugada desta terça-feira, peritos da polícia paranaense farão uma reconstituição do acidente no cruzamento da Avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi com a Paulo Gorski, local da colisão.
O advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared, um dos dois jovens mortos no acidente, afirmou que espera a confirmação do que foi dito por testemunhos e já está presente no inquérito: que o deputado dirigia em alta velocidade e estava embriagado. Garçons disseram que ele saiu do restaurante embriagado e a mesa onde estava consumiu quatro garrafas de vinho. A equipe de socorro também registrou que ele estava com "hálito etílico".
O advogado voltou a defender a revogação da licença médica de 60 dias concedida a Carli Filho - pelo fato de o pedido não ter sido votado em plenário.
- Esperamos o indiciamento formal do deputado até o início da próxima semana. Não queremos vingança, mas equilíbrio e justiça - disse ele.
Na madrugada do último dia 7, o Passat que Carli Filho dirigia colidiu violentamente contra o Honda Fit prata em que estavam Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida. Os dois ocupantes do Fit tiveram morte instantânea. A promotoria do caso afirma que não há dúvidas de que o deputado dirigia em alta velocidade no momento da colisão.
Na madrugada desta terça-feira, peritos da polícia paranaense farão uma reconstituição do acidente no cruzamento da Avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi com a Paulo Gorski, local da colisão.
O advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared, um dos dois jovens mortos no acidente, afirmou que espera a confirmação do que foi dito por testemunhos e já está presente no inquérito: que o deputado dirigia em alta velocidade e estava embriagado. Garçons disseram que ele saiu do restaurante embriagado e a mesa onde estava consumiu quatro garrafas de vinho. A equipe de socorro também registrou que ele estava com "hálito etílico".
O advogado voltou a defender a revogação da licença médica de 60 dias concedida a Carli Filho - pelo fato de o pedido não ter sido votado em plenário.
- Esperamos o indiciamento formal do deputado até o início da próxima semana. Não queremos vingança, mas equilíbrio e justiça - disse ele.
Na madrugada do último dia 7, o Passat que Carli Filho dirigia colidiu violentamente contra o Honda Fit prata em que estavam Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida. Os dois ocupantes do Fit tiveram morte instantânea. A promotoria do caso afirma que não há dúvidas de que o deputado dirigia em alta velocidade no momento da colisão.
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