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domingo, 6 de setembro de 2009
Falta apoio para quem quer deixar as drogas
Dependência química - Falta apoio para quem quer deixar as drogas
O próprio governo federal admite: transtornos graves associados ao consumo de álcool e outras drogas (sem incluir tabaco) atingem 12% da população acima de 12 anos no Brasil. Aplicando esse percentual sobre a população do Espírito Santo, chega-se a 384mil capixabas nessa situação, número superior à quantidade de habitantes de Vitória, só para citar um exemplo.
Fórum: Sua família convive com um usuário de crack? Conte aqui sua história
É crescente o número de pessoas fazendo uso de drogas, numa proporção muito superior à capacidade de tratamento na rede pública. Somente de janeiro a maio deste ano o uso de álcool e outras drogas resultou em 976 internações no Estado. E mais uma vez, números revelam uma realidade nada animadora: dos 78 municípios capixabas, 29 (37,17%) sequer dispõem de equipes profissionais de Saúde Mental, integradas por psiquiatras e psicólogos.
Em todo o Estado só existem três Centros de Atenção Psicossocial (Caps) especializados no atendimento de usuários de álcool e outras drogas - na Serra, em Vila Velha e em Vitória. E só três municípios possuem hospitais com leitos psiquiátricos (veja quadro ao lado). "Ouvimos muitas queixas das famílias de usuários, principalmente de crack, por falta de acesso a tratamento", diz a coordenadora do Amor Exigente, Clotilde Toffoli.
Disseminação
O consumo de drogas está em todos os lugares, admite a coordenadora estadual de Saúde Mental, Inez Torres. Na cidade, no interior, de maneira disseminada. Foi depois de uma análise estatística que indicou um crescimento médio de 108% no número de internações de pacientes por uso de múltiplas drogas, entre 2001 e 2005, que o Estado decidiu definir como prioridade a ampliação do atendimento.
Em decorrência dessa decisão, o governo está investindo R$ 12 milhões em cinco Caps (três de nível 1 e dois exclusivos para álcool e outras drogas, os AD), e dez Centros de Tratamento de Toxicômanos (CTTs), uma responsabilidade que caberia às prefeituras. Em 2006, o "grosso" dos atendimentos era gerado por dependentes de álcool. Hoje, metade dos pacientes faz uso de múltiplas drogas - maconha, cocaína, crack -, muitas vezes associando o álcool.
24 horas
Em Vitória, a prefeitura prepara-se para manter o seu Caps AD aberto 24 horas, a partir de 2010, por causa do aumento de usuários de crack, segundo explica a coordenadora Izis Nascimento. A ideia é garantir para pessoas em tratamento a possibilidade de permanência, por até 15 dias, para desintoxicação.
Na Serra, a médica coordenadora do Caps AD, Janine Andrade Moscon, explica que há sete equipes de Saúde Mental, além da unidade especializada - momentaneamente sem psiquiatra -, e que o maior problema está na falta de internação hospitalar. "A internação teria que ser em hospital geral, mas o Dório Silva não recebe. Só o São Lucas".
Ela conseguiu sair do crack e voltar à vida
Loira, alta, olhos verdes, bonita. Quem vê a expressão delicada de Z., hoje com 24 anos e mãe de um bebê de pouco mais de um mês, não imagina os dramas que ela já viveu. Natural de Vitória, ela diz que sempre se sentiu um tanto deprimida. Aos 12 encontrou uma turma diferente e passou a usar maconha e cocaína. "Pensei: com essas pessoas estou em casa. É a minha turma. Ali eu me encontrei".
Em pouco tempo a família descobriu cigarros de maconha. Ela negava ser usuária, até um dia ser presa numa batida policial. Um parente se encarregou de tirá-la da cadeia e, como a mãe estava doente, foi poupada da má notícia envolvendo a filha.
Daí em diante Z. mergulhou mais ainda nas drogas. Usava muita cocaína, e seu rendimento na escola caiu. Passava dias fora de casa. Aos 16 anos, conheceu o crack, que usou por curiosidade.
Z. chegou a ser internada, mas fugiu com um desconhecido. A família se mobilizou para encontrá-la, e a achou, num banco, na rua. O homem que a havia ajudado a fugir era um homicida.
Ela diz que sofreu abusos sexuais quando se drogava e, por isso, teve muita dificuldade para lidar com a sexualidade. Depois de 2 anos, 11 meses e um dia de internação na Casa da Paz, no interior do Estado, teve alta. Foi convidada a trabalhar na instituição, casou-se, faz faculdade e vive longe das drogas. "É possível mudar o rumo, mas precisa de muita determinação e ajuda qualificada". (Rosângela Venturi)
POR: Claudia Feliz
cfeliz@redegazeta.com.br
Fonte: Gazeta Online
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Aqui na cidade de Canoas,´muitos jovéns transformados em Zumbi,pelos traficantes das vilas,saem a pedir alimentos,nas casas,templos e igrejas,e trocam estes depois pela pédra cráck.Ja não é nesceçario o dinheiro para se utilisar a pédra.Os própios traficantes,estão orientando as crianças,para que péçam alimentos,nas casas,e templos,e que tragam para eles,que eles daram a pédra cráck de graça.É mais triste ainda,isto esta ocorrendo na rua da escóla irmão pedro,no bairro estância vélha,em Canoas RS.próximo da escóla,e próximo do Quartél da BM.estes alimentos que foram doados por pessoas caridósas,aos jóvens zumbís,e que são transferidos aos traficantes do bairro,são vendidos a população em super ofértas nos mercadinhos da vila.algo deve ser feito urgente,cada zumbi,arrecada base de 50 kilos por dia de alimentos em varias caminhadas.e estão ficando secos,cadavéricos,pois não comem.
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ResponderExcluirHÁ ESPERANÇA!!!
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