sábado, 12 de setembro de 2009

MP pede internação de jovens que agrediam e cobravam “pedágio”


A promotoria de Américo Brasiliense vai solicitar à Justiça a internação de quatro adolescentes acusadas de integrar um grupo que agride alunos de uma escola estadual. Além das agressões, as meninas cobravam um pedágio para que as vítimas não apanhassem mais.

A mãe de uma das vítimas, que por medo preferiu não se identificar, diz que a filha foi muito agredida. “Puxaram o cabelo. Chutaram ela demais nas costas, no peito. Deram muitos murros”, explicou. A briga aconteceu na saída da escola que fica no centro da cidade. “Não tinha nenhuma ronda escolar. Tinha mil alunos na escola e ninguém ligou para a polícia”, reclamou a mãe.

Próximo à mesma escola, outras ocorrências envolvendo as quatro meninas também foram registradas. Muitos pais tiraram os filhos da escola. Além de agredir, as acusadas cobravam uma espécie de “pedágio” para que as vítimas não apanhassem mais.

Os casos chegaram até o promotor Carlos Alberto Melluso Júnior ouviu as meninas e pedirá a internação provisória para as quatro. O juiz tem cinco dias para aceitar o pedido. “Trata-se de um fato praticado com violência e grave ameaça à vítima. Em razão disso e de outros antecedentes, essa será a medida solicitada ao juiz. As adolescentes dizem que nada pode acontecer a elas, mas todas estão sujeitas a processo infracional”, destacou.

Ainda segundo o promotor, serão instaurados procedimentos contra os pais das agressoras.

O Conselho Tutelar de Américo Brasiliense já estava ciente do comportamento agressivo das adolescentes. “Elas brigam por causa de meninos, por causa de roupa”, disse a coordenadora do conselho, Laura Maria Marcili.

A Polícia Militar informou que a ronda escolar é feita nas oito escolas públicas da cidade e que, durante todo este mês, nenhuma escola pediu para reforçar a ronda. Já a secretaria de Educação informou que vai apurar o caso.

Outros casos
Em Rincão, o Ministério Público também investiga agressões praticadas por uma gangue de adolescentes. Preocupados com a violência, os pais denunciaram os casos ao Conselho Tutelar. Um adolescente de 12 anos foi uma das vítimas.



EPTV.com

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