quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Presidente Obama alerta adolescentes norte-americanos para os perigos das redes sociais


O Presidente norte-americano alertou os adolescentes para os perigos de se colocar demasiada informação pessoal nas redes sociais online, avisando que os dados que lá colocarem poderão “persegui-los” durante o resto da vida.
As palavras de alerta de Barack Obama sucedem-se a uma série de estudos que indicam que os empregadores esmiúçam cada vez mais as informações que constam de sites como o Facebook a fim de ficaram com uma perspectiva global das personalidades dos candidatos.
Participando numa sessão de perguntas e respostas com alunos de 14 e 15 anos, Barack Obama foi inquirido acerca dos conselhos que poderia dar a alguém que queira vir a tornar-se Presidente dos Estados Unidos. “Bom, vou dar-vos alguns conselhos práticos. Em primeiro, quero que toda a gente tenha cuidado com o que põe no Facebook, porque nesta era Youtube, o que quer que façam, será ‘desenterrado’ mais tarde”, disse Obama.
“E quando somos novos, cometemos erros e fazemos coisas estúpidas. E ultimamente tenho ouvido muitas histórias acerca de jovens que foram pondo coisas no Facebook e que, de repente, candidatam-se a um trabalho e alguém faz uma pesquisa...”
Durante a sessão, Obama referiu várias vezes ter cometido “erros” quando ainda estudava, mas não entrou em detalhes. O Presidente norte-americana já admitiu, porém, em ocasiões anteriores, o consumo de drogas quando era mais novo.
Twitter, blogues, YouTube, Facebook, MySpace… hoje em dia as pessoas deixam atrás de si um rasto de entradas online. Uma sondagem levada a cabo em Junho pelo site careerbuilder.com concluiu que 45 por cento dos empregadores usam redes sociais para pesquisar perfis de candidatos no Facebook, a popular rede social que conta com mais de 250 milhões de utilizadores em todo o mundo.
Cerca de 35 por cento dos empregadores que pesquisa os candidatos admite que as informações que lá encontrou influenciaram as suas decisões na hora de rejeitar ou acolher um funcionário. Fotografias inapropriadas, informações acerca de consumo de álcool e drogas, uso de palavrões e maledicência acerca de antigos colegas e patrões podem ser factores decisivos para a rejeição.
Citada pela Reuters, Patricia Vaccarino, proprietária de uma empresa de relações públicas de Seattle, disse recentemente que muitos dos seus amigos já colocaram no Facebook frases muito detalhadas sobre “colonoscopias, idas ao dentista, cães mortos, flatulência, acne, divórcios, doenças mentais e problemas com a bebida”. Se este tipo de informações pode até embaraçar amigos, imagine-se o que poderá fazer junto de potenciais chefes, alertou a relações públicas.
Outro especialista, Kurt Weyerhauser, que trabalha num departamento de recursos humanos de uma empresa em Los Angeles, indicou recentemente à Reuters que já encontrou, por exemplo, candidatos que colocaram online fotografias deles próprios a fumarem charros e a contarem piadas racistas. Este tipo de coisas – diz Weyerhauser – podem ser decisivas na altura do recrutamento.

Fonte: Última Hora - Portugal

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