FORTALEZA - A juíza substituta da 12ª Vara Criminal do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza (CE), Cristiane Maria Martins Pinto de Faria, concedeu liberdade provisória ao italiano acusado de beijar na boca a filha de 8 anos na Praia do Futuro. A decisão seguiu o parecer do promotor de Justiça Amsterdan de Lima Ximenes sobre o caso. A titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), Ivana Timbó, deve concluir o inquérito ainda nesta quinta-feira.
A juíza Cristiane de Faria impôs algumas condições para a concessão do habeas corpus, entre elas o retorno imediato do acusado à Itália, onde ele possui residência fixa, não mudar de endereço sem a autorização da Justiça, não se ausentar por mais de 8 dias da casa e comparecer a todos os autos processuais até o dia do julgamento. O estrangeiro estava internado no Hospital Gênesis com hipertensão.
O italiano, de 40 anos, foi preso acusado de pedofilia e estupro. Ele havia sido advertido por funcionários da barraca Crocobeach, onde ele estava com a menina, sobre seu comportamento considerado inadequado por um casal de Brasília . Segundo o gerente da barraca, Heitor Batista, um supervisor chamou a atenção do italiano antes da polícia ser chamada. Ele confirmou que somente o italiano e a filha estavam na piscina .
A declaração de Heitor contradiz a mulher do empresário italiano. Ela havia dito que também estava na piscina com o marido e a filha na barraca.
- Na piscina só estavam o italiano e a filha dele. O resto do pessoal estava em uma mesa consumindo, tinha almoçado, mas na piscina estava só o italiano e a filha - disse o gerente.
Na última terça-feira, quatro funcionários da barraca CrocoBeach prestaram depoimento. Eles confirmaram que o empresário estava a sós na piscina com a menina, sem a mãe, quando foi acusado de beijar e tocar as partes íntimas da menina. No depoimento à polícia, os funcionários disseram, no entanto, que não viram nenhum comportamento estranho ou que lhes chamasse a atenção. Em entrevista no início da semana, o gerente da barraca afirmou que um monitor que fazia a segurança dos banhistas na piscina teria presenciado apenas um "selinho" entre pai e filha, chegando a assegurar que não se tratava de "beijo de língua". No depoimento, os funcionários não revelaram nada.
- Ninguém viu nem o selinho - disse a delegada Ivana Timbó, da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), onde o inquérito tramita em sigilo.
O gerente da barraca, uma garçonete e os dois monitores foram citados no depoimento do casal de Brasília que denunciou o caso à polícia. Por essa razão a delegada considerava que o testemunho deles era "imprescindível". Mas admitiu que "não alterou muita coisa".
O italiano foi preso há oito dias sob a acusação de estupro. De acordo com a denúncia, ele também teria tocado nas partes íntimas da filha. A menina foi visitá-lo pelo menos uma vez no hospital onde está internado desde domingo depois que passou mal com hipertensão arterial. De acordo com o advogado Flávio Jacinto, a criança está se culpando pelo que ocorreu com o pai e deixou isso claro ao prestar depoimento à psicóloga e à assistente social da Dceca, na semana passada.
Quando perguntada se entendia o que estava acontecendo, segundo o advogado, ela teria respondido: "eu dei dois beijos no meu pai e criei essa confusão toda". O italiano ficou no hospital sob escolta policial. Ele teria tido um pico de pressão alta.
Segundo os monitores, o italiano ficou a maior parte do tempo no lado raso da piscina brincado de jogar a menina para o alto em direção ao fundo. Um dos monitores teria dito que não se distancia nenhum minuto da piscina e que faz parte do seu trabalho observar todo movimento de adultos com crianças.
Para a defesa, o depoimento dos funcionários foi importante para provar a inocência do seu cliente. Segundo o advogado, a parte rasa da piscina tem aproximadamente 40 centímetros de profundidade e qualquer comportamento estranho do italiano não passaria despercebido de outras banhistas. O casal de Brasília são as únicas testemunhas de acusação até agora. Segundo a delegada, isso não significa necessariamente que outros não viram algo.
- Muita gente ainda prefere não se envolver nesse tipo de coisa, disse.
A garçonete Raimunda Silva Germana argumentou que também é mãe e que se tivesse visto algo estranho, teria chamado a polícia ou o supervisor da casa. A mãe da criança não irá depor porque, segundo a delegada, não diria nada que incriminasse o marido.
A juíza Cristiane de Faria impôs algumas condições para a concessão do habeas corpus, entre elas o retorno imediato do acusado à Itália, onde ele possui residência fixa, não mudar de endereço sem a autorização da Justiça, não se ausentar por mais de 8 dias da casa e comparecer a todos os autos processuais até o dia do julgamento. O estrangeiro estava internado no Hospital Gênesis com hipertensão.
O italiano, de 40 anos, foi preso acusado de pedofilia e estupro. Ele havia sido advertido por funcionários da barraca Crocobeach, onde ele estava com a menina, sobre seu comportamento considerado inadequado por um casal de Brasília . Segundo o gerente da barraca, Heitor Batista, um supervisor chamou a atenção do italiano antes da polícia ser chamada. Ele confirmou que somente o italiano e a filha estavam na piscina .
A declaração de Heitor contradiz a mulher do empresário italiano. Ela havia dito que também estava na piscina com o marido e a filha na barraca.
- Na piscina só estavam o italiano e a filha dele. O resto do pessoal estava em uma mesa consumindo, tinha almoçado, mas na piscina estava só o italiano e a filha - disse o gerente.
Na última terça-feira, quatro funcionários da barraca CrocoBeach prestaram depoimento. Eles confirmaram que o empresário estava a sós na piscina com a menina, sem a mãe, quando foi acusado de beijar e tocar as partes íntimas da menina. No depoimento à polícia, os funcionários disseram, no entanto, que não viram nenhum comportamento estranho ou que lhes chamasse a atenção. Em entrevista no início da semana, o gerente da barraca afirmou que um monitor que fazia a segurança dos banhistas na piscina teria presenciado apenas um "selinho" entre pai e filha, chegando a assegurar que não se tratava de "beijo de língua". No depoimento, os funcionários não revelaram nada.
- Ninguém viu nem o selinho - disse a delegada Ivana Timbó, da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), onde o inquérito tramita em sigilo.
O gerente da barraca, uma garçonete e os dois monitores foram citados no depoimento do casal de Brasília que denunciou o caso à polícia. Por essa razão a delegada considerava que o testemunho deles era "imprescindível". Mas admitiu que "não alterou muita coisa".
O italiano foi preso há oito dias sob a acusação de estupro. De acordo com a denúncia, ele também teria tocado nas partes íntimas da filha. A menina foi visitá-lo pelo menos uma vez no hospital onde está internado desde domingo depois que passou mal com hipertensão arterial. De acordo com o advogado Flávio Jacinto, a criança está se culpando pelo que ocorreu com o pai e deixou isso claro ao prestar depoimento à psicóloga e à assistente social da Dceca, na semana passada.
Quando perguntada se entendia o que estava acontecendo, segundo o advogado, ela teria respondido: "eu dei dois beijos no meu pai e criei essa confusão toda". O italiano ficou no hospital sob escolta policial. Ele teria tido um pico de pressão alta.
Segundo os monitores, o italiano ficou a maior parte do tempo no lado raso da piscina brincado de jogar a menina para o alto em direção ao fundo. Um dos monitores teria dito que não se distancia nenhum minuto da piscina e que faz parte do seu trabalho observar todo movimento de adultos com crianças.
Para a defesa, o depoimento dos funcionários foi importante para provar a inocência do seu cliente. Segundo o advogado, a parte rasa da piscina tem aproximadamente 40 centímetros de profundidade e qualquer comportamento estranho do italiano não passaria despercebido de outras banhistas. O casal de Brasília são as únicas testemunhas de acusação até agora. Segundo a delegada, isso não significa necessariamente que outros não viram algo.
- Muita gente ainda prefere não se envolver nesse tipo de coisa, disse.
A garçonete Raimunda Silva Germana argumentou que também é mãe e que se tivesse visto algo estranho, teria chamado a polícia ou o supervisor da casa. A mãe da criança não irá depor porque, segundo a delegada, não diria nada que incriminasse o marido.
O Globo
Eu acho um absurdo esse circo armado em torno de um selinho entre pai e filha enquanto criminosos ficam soltos e enquanto crianças vendem o próprio corpo e todos fingem que não vêem.
ResponderExcluirAgora vejam o trauma que esse fato pode gerar para essa família !